
Em fevereiro, IBC-Br foi de 0,4%, desacelerando em relação a janeiro (0.9%). A indústria caiu 0,8%
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de fevereiro cresceu 0,4%, desacelerando em relação a janeiro (0,9%). O índice é considerado uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB) e, segundo os dados divulgados pelo BC, nesta sexta-feira (11), o baixo crescimento foi puxado pela indústria, que caiu -0,8% no mês.
Em fevereiro, o setor de serviços cresceu apenas 0,2% ante janeiro, enquanto a agropecuária registrou alta de 5,6% no período.
Na base trimestral, também com ajuste sazonal, o IBC-Br sinaliza estagnação, ao variar apenas 0,1% no trimestre encerrado em fevereiro em relação ao trimestre anterior. No período, o setor de serviços caiu -0,1% e a indústria registrou 0,1% de crescimento. Já a agropecuária cresceu 4,9%.
A desaceleração da economia reflete o novo ciclo de aumentos da taxa básica de juros (Selic) do Banco Central (BC). Entre setembro de 2024 e março deste ano, a Selic saiu de 10,5% para 14,25%, após quatro decisões de aumento do nível da taxa pelo COPOM (Comitê de Política Monetária do BC).
A pretexto de combater a inflação, o BC vem aumentando criminosamente os juros básicos da economia para frear a economia, limitando o crescimento da atividade produtiva, reduzindo investimentos, geração de empregos e o consumo das famílias. Como defendeu o presidente do BC, Gabriel Galípolo, o arrocho monetário no Brasil “tem que ser mais duro”.
Em comparação com fevereiro de 2024, na série sem ajuste sazonal, a prévia do PIB subiu 4,1%, com serviços marcando alta de 4,1%, a indústria crescendo 2,0%, e a agricultura subindo em 2,0%, ambas na mesma base comparativa.
Em nota, o BC divulgou que pela primeira vez o banco publica “além do tradicional indicador agregado, a abertura setorial do índice”, com destaque para três grandes setores da economia: indústria, serviços e agropecuária, além de impostos.
O resultado do PIB – a soma de todos os bens e serviços finais produzidos pelo Brasil – é divulgado oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).