O nível de atividade da economia brasileira voltou a cair em abril, desta vez, -0,47% na comparação com março, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma “prévia” do PIB – Produto Interno Bruto. É a quarta queda seguida na comparação com o mês anterior.
Em março, o índice já havia recuado sobre fevereiro -0,30%, em fevereiro caiu -1,04% e em janeiro -0,22% (todos os meses foram revisados para baixo pelo Banco Central), demonstrando que nos primeiros meses de governo de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes o país está se afundando ainda mais.
O PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país e cuja taxa funciona como índice de crescimento da economia, é calculado oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB do primeiro trimestre deste ano caiu -0,2%, na comparação com o último trimestre do ano passado.
De lá para cá, os índices econômicos que medem o desempenho da economia continuaram em marcha à ré: dados detalhados dos setores da economia mostram que o ano vai de mal a pior para a indústria, que apenas nos quatro meses acumula perdas de -2,7%. O comércio teve em abril o seu pior desempenho desde 2015, com queda de -0,6% de um mês para o outro. Já o setor de serviços, responsável por cerca de 70% da composição do PIB teve o volume de prestação em abril -1,4% abaixo do volume de dezembro do ano passado. Como consequência da desastrosa política econômica do governo Bolsonaro, o desemprego e o subemprego em abril atingiram o absurdo de 28,4 milhões de pessoas.
Diante dos resultados, que estão levando o país à recessão, não há mais nem sequer um representante do “mercado” que espere para o ano a prometida “recuperação econômica”.
As previsões de crescimento que no início do ano estavam em 2,5% para 2019, agora não passam de 1%, de acordo com o boletim Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central (BC) com as apostas do mercado financeiro para a economia.