O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) frustrou expectativas e encerrou o primeiro mês de 2019 com queda de 0,41% sobre dezembro. O IBC-Br é considerando uma prévia do Produto Interno Bruto – PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país e cuja taxa funciona como índice de crescimento da economia.
O cálculo do PIB é realizado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), levando em consideração além de variações da economia, o volume da produção de bens industriais, do comércio, serviços, exportação e importação e, a renda das famílias.
Indústria, serviços e comércio em queda
O ano começou mal para a indústria, que em janeiro viu seu volume de produção cair 0,8% sobre dezembro do ano passado. O pior resultado em quatro meses.
Já o volume de serviços (que hoje representa mais de 80% na formação do PIB do país) também recuou no primeiro mês do ano, -0,3% sobre o período anterior. O varejo foi o único que não caiu, contudo, também não teve nenhum desempenho formidável: sobre dezembro, a variação foi de apenas 0,4%.
Os números acima, apresentados pelas pesquisas mensais do IBGE, contribuíram para a formação do índice do BC e, segundo analistas, já indica que 2019 será mais um ano de tendência recessiva.
Esses resultados somados à perspectiva de uma política de ajuste capitaneada pelo guru econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes, já fizeram com que a mediana das expectativas do mercado para o PIB em 2019 caíssem de 2,28% na semana passada para 2,01% nesta semana, de acordo com o boletim semanal Focus, também do Banco Central.
Em 2018, o PIB reproduziu o resultado de baixo crescimento do ano anterior, registrando variação de 1,1% após dois anos de números negativos.