O Boletim Focus reduziu as expectativas de crescimento do PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, para 2018. De uma previsão na segunda-feira (28/5) de 2,37% para 2,18% nesta segunda feira (4).
Foi também a quinta redução seguida. Há quatro semanas, a estimativa de crescimento foi reduzida de 2,75% para 2,70%. De lá pra cá, as projeções do Focus tiveram uma queda de mais de 19%.
O boletim Focus é resultado das previsões de pesquisa com uma centena de instituições financeiras, feita pelo Banco Central.
Noticiário de 11 de maio assinalava que o Itaú já fazia novas projeções reduzindo as expectativas de crescimento de 3% para 2%.
O Santander reduziu a expectativa de crescimento do PIB no ano de 3,2% para 2%. São reduções violentas, nada menos que 33% e 37% respectivamente.
Para Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú, a queda nos índices de confiança neste início de ano, assim como da “criação de empregos formais, que deveria ser o principal fator para novas altas da massa salarial real em 2018, desacelerando” estão entre os principais fatores de redução das expectativas do PIB.
A recente declaração do ministro Guardia, da Fazenda, de que “não estão revendo de 3% para 2%. É coisa marginal, de ajuste dos modelos em função de números que estão sendo divulgados. É na segunda casa decimal”, para defender a manutenção da estimativa de 3% do governo, ficou completamente prejudicada.
A realidade é que a economia continua estagnada e com ou sem a greve dos caminhoneiros o tal crescimento do PIB será mesmo um fiasco.
J.AMARO