Prisão de Temer reduz a eficácia da estratégia de vitimização de Lula

Michel Temer, preso na quinta-feira, 21 de março, pela Operação Lava Jato (foto: Mariana Mendez/BandTV/AFP)

O Partido dos Trabalhadores espera que as prisões de Michel Temer e de Moreira Franco, entre outros, tenham sido decretadas com base em fatos consistentes, respeitando o processo legal”. Assim começa o comunicado do PT sobre a prisão de Temer.

Na nota, o partido chama Temer de “golpista”, diz que “sua agenda levou ao aumento da desigualdade e da miséria”, mas não se pronuncia sobre os atos de corrupção explícita do ex-presidente, inclusive os fartamente exibidos pela TV em rede nacional.

Procurando manter um mínimo de coerência com a fantasiosa narrativa de que Lula é inocente, nada roubou e está preso por pura perseguição política, o PT preferiu passar a medir Temer pela mesma régua, transferindo-o do rol dos perseguidores para o das vítimas de perseguição política.

O problema é que no Brasil não há quem não saiba que Temer é corrupto. Daí a versão popular de que o PT agora está empenhado na campanha do “Temer Livre”.

A leniência com a corrupção não costuma empolgar as exploradas, desassistidas e sistematicamente enganadas massas populares.

Por isso as forças políticas que quiserem construir uma relação duradoura de respeito e confiança com a população devem cultivar a sabedoria de resistir às tentações e manter as mãos longe da caixa registradora.

(SÉRGIO RUBENS)

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