O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, declarou em palestra realizada na sexta-feira (25/10), na Associação Comercial do Rio de Janeiro, que a “privatização do Banco do Brasil será inevitável”.
O pretexto ridículo, desta vez, para a entrega ao monopólio financeiro externo do maior banco público do país, responsável pelo maior geração de crédito às empresas produtivas, inclusive por todo o crédito rural, seria o “avanço tecnológico do setor bancário”.
Não é a primeira vez que o Chicago Boy da turma do ministro da Economia Paulo Guedes manifestou a que veio ao assumir a presidência do BB por indicação de Bolsonaro.
Logo que assumiu, Novaes declarou que o BB seria mais eficiente se fosse privatizado. “Espero que um dia se chegue a essa conclusão”, declarou.
Novaes é amigo de Guedes desde os tempos em que foram para a Universidade de Chicago (EUA), arapuca dos “ideólogos” da ditadura de Pinochet.
“PARCERIA” COM O SUÍÇO UBS
Em setembro, Novaes inciou uma “parceria” com o suíço UBS com o objetivo de desmontar a subsidiária BB Banco de Investimentos e formar um outro banco na área de investimento e corretora de valores no Brasil e outros países da América do Sul sob controle dos estrangeiros.
“A intenção é que UBS seja acionista majoritário da parceria que seria estabelecida pela contribuição de ativos do BB e do UBS, de acordo com os termos e condições definitivos… ainda em discussão”, anunciou o BB em comunicado ao mercado.
O Banco do Brasil, maior gestor de recursos de terceiros do país, em valor da ordem de R$ 1 trilhão, ainda oferecerá aos gringos sua rede de distribuição composta de 4.700 agências, com 90 mil funcionários, e toda a sua base de relacionamento de 36 milhões de clientes, segundo denunciou o Sindicato dos Bancários de Brasília.
Segundo Novaes, o plano é “privatizar”. “Vendemos nossa participação na Neoenergia, no IRB e fechamos a BBTur. Já estamos ‘mandatados’ para vender o nosso banco na Flórida (EUA) e podemos rever a questão do banco na Argentina”, disse Novaes.
Lamentável
Inacreditável que se tenha ouvido isso de uma pessoa tão importante para o banco o qual é mais importante ainda para o país