A Procuradoria Geral da República no Distrito Federal solicitou à Justiça Federal nova citação de Sidney Noberto Szabo, apontado por investigadores como operador do Quadrilhão do PMDB, especialmente para ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que está preso desde 2016 no Paraná. O Ministério Público suspeita que ele esteja se escondendo e pede que sua prisão seja decretada, caso não seja localizado.
Szabo é denunciado como operador financeiro do Quadrilhão do MDB, onde políticos do partido na Câmara dos Deputados são acusados de integrar uma organização criminosa. O presidente Michel Temer também é investigado no caso.
Segundo o Ministério Público, oficiais de Justiça tentaram contato com o operador em maio, na residência atribuída a ele, mas foram informados por sua ex-mulher que ele não morava mais no local e que ela não saberia dizer o seu paradeiro.
“Essa informação (de que desconhece o lugar em que se encontra o réu), dita pela ex-esposa do citando, traz os elementos necessários para se suspeitar de que o réu oculta-se para não receber a citação”, diz o MP.
A Procuradoria requer no pedido a “citação por hora certa”, que ocorre quando o juiz autoriza o oficial de Justiça a ir ao local onde estaria o réu, em hora determinada, deixando avisado aos moradores locais previamente sobre o procedimento, para que o réu esteja presente na hora e local estipulados em petição.
Trata-se de uma espécie de última chance para que o réu se apresente no processo a que responde. Se isso não ocorrer, o MP pede que a prisão preventiva de Sidney Szabo seja decretada.
O processo em questão foi aberto no início de abril pelo juiz federal Marcus Vinicius Reis, da 12ª Vara da Justiça Federal em Brasília. Ele aceitou denúncia por organização criminosa contra Szabo e amigos de Temer, como o ex-assessor da Presidência José Yunes e o coronel João Baptista Lima Filho.