A característica fundamental do entreguismo é a total falta de confiança de que podemos desenvolver capacidades técnicas nos vários domínios de que necessita o desenvolvimento nacional. Em suma, é o desprezo pela nossa capacidade – e a visão de nosso povo como um povo inferior.
Celso Furtado frisou essa característica ao descrever, em suas memórias, uma conversa com Roberto Campos – avô do atual presidente do Banco Central – sobre a Petrobrás. Conhecido no Brasil como Bob Fields, e nem vamos dizer por que, ele não acreditava que os brasileiros tivessem capacidade de desenvolver a indústria do petróleo.
O entreguismo, infelizmente, não mudou com o tempo. Continua sendo um dos fenômenos sociológicos e políticos mais entediantes da História de nosso país.
Assim é que, no último dia 30 de dezembro, o jornal “O Globo” dirigiu contra a então ministra designada da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, um ataque, em editorial, por sua declaração de que pretendia revogar a liquidação da CEITEC, estatal fundada no governo Lula para a fabricação de semicondutores (chips).
Os argumentos eram, todos, falsos, como o leitor verá abaixo, mas podem ser resumidos em apenas um: o Brasil deve importar chips, pois é inútil tentar se equiparar a outros países na sua fabricação, isto é, desenvolver a tecnologia de circuitos integrados.
Esta é a mesma argumentação de Eugênio Gudin, o mestre de Bob Fields, quando o presidente Juscelino Kubitschek tentava trazer para o Brasil algumas montadoras multinacionais da indústria automobilística – o que já era uma concessão não pequena aos monopólios dos países imperialistas, mas nem essa concessão era admitida por Gudin, que pregava a continuidade da importação direta de carros dos EUA.
Abaixo, o leitor poderá ler a resposta ao editorial de “O Globo”, elaborada pelo cientista e ex-ministro da Ciência e Tecnologia Sergio Rezende – e mais três pesquisadores.
Esta resposta foi enviada ao jornal, mas não foi publicada. Sendo assim, os autores a publicaram no portal GGN. (C.L.)
Produção de chips no Brasil e a superação do complexo de vira-lata
SERGIO M. REZENDE (*)
RICARDO REIS (**)
SÉRGIO BAMPI (***)
ADÃO VILLAVERDE (****)
Os circuitos integrados (CI), também conhecidos por chips, são formados por conjuntos de circuitos eletrônicos fabricados em pequenas pastilhas de materiais semicondutores. Desde os primeiros dispositivos comerciais do início dos anos 1960 até hoje a tecnologia evoluiu vertiginosamente, com a contínua diminuição do tamanho dos elementos básicos, possibilitando a existência de uma enorme variedade deles, usados em telefones celulares, equipamentos eletrônicos domésticos, industriais, automóveis, tablets, computadores e tantos outros.
O Brasil tem apenas uma fábrica de chips, a CEITEC, empresa vinculada ao Ministério de CT&I, localizada em Porto Alegre, criada em 2008, no Governo Lula, teve suas instalações concluídas em 2010, iniciando a produção através dos processos menos complexos em 2012. Desde então projetou e produziu CIs de silício comerciais, com certificações internacionais para várias aplicações. Muitos desses projetos se originaram em demandas específicas do Governo, que posteriormente não comprou os produtos, frustrando o retorno de anos de investimentos. Mas mesmo sem as compras governamentais, em 2020, próxima de atingir o superavit nos anos seguintes, a empresa já tinha fabricado mais de 162 milhões de chips (http://www.ceitec-sa.com.br), vendidos inteiramente para o setor privado.
Contudo, apesar do pioneirismo, teve liquidação decretada em 2020, sob a justificativa de ser deficitária. Mas o processo foi sustado em 2022 pelo Tribunal de Contas da União, e agora sobrestado, fundamentalmente por falta de justificativas técnicas robustas e porque foram detectadas irregularidades nos seus procedimentos.
Recentemente, a nova Ministra de CT&I, Luciana Santos, deu entrevistas afirmando que irá revogar a liquidação da empresa e promover sua recuperação, seguindo recomendações da Comissão de Transição, orientada por um estudo da estratégia que o país terá no campo dos semicondutores. Suas declarações foram duramente criticadas por alguns veículos de comunicação, que tem como base argumentos equivocados e limitados sobre desenvolvimento tecnológico nacional e tamanho do chip, numa lógica meramente de montagem e empacotamento, de reprimarização e de extrativismo, do ponto de vista do modelo econômico-industrial.
Uma das críticas é que a tecnologia da fábrica seria antiga e ultrapassada. Mas o fato é que o parque litográfico da empresa tem capacidade comprovada para amplo uso hoje, sendo que a estrutura física do prédio a qualifica para operação com nível de precisão mais refinada ainda. E mesmo com a capacidade atual, alcançaria os mercados que abrangem infraestrutura de comunicações 5G, automação industrial, internet das coisas, setor automotivo, radares, tecnologia militar, saúde e medicina, agronegócio e comunicações ópticas. Cabe observar que em muitas aplicações de ponta são usados chips com tecnologias como a da CEITEC, que são mais robustas a falhas devido a efeitos de radiação.
Outro engano é fazer comparações com as grandes empresas do setor, como Intel, TSMC e Samsung, que fabricam processadores e memórias no estado da arte. O mercado de chips não se resume a estes nichos, e há vários tipos que não necessitam ter dimensões tão reduzidas quanto aquelas. Isso explica a existência de empresas menores que as gigantes, produzindo chips como os da CEITEC para diversas aplicações. Um bom exempo é a ON Semiconductors (http://www.onsemi.com), que possui fábricas semelhantes a nossa em vários países.
E ao contrário do que dizem os críticos, os investimentos públicos na CEITEC foram muito aquém do que um projeto desta envergadura requer, sejam nos equipamentos de fabricação ou mesmo na formação do corpo técnico, além da chamada curva de maturação necessária que teria que ser cumprida, que foi atropelada pela tentativa de liquidação. Incongruente com o que foram os investimentos e os tempos de retornos destas fábricas nos países do Pacífico do Leste, onde se concentram em torno de 85% da produção mundial. E em contraposição com os enormes subsídios públicos que USA e China projetam para o setor nos tempos atuais, na busca deste tipo de manufatura.
É bom relembrar, que desde que o ensino de pós-graduação foi institucionalizado no país, em 1968, foram formados centenas de milhares de mestres e doutores em todas as áreas de C&T, inclusive na engenharia eletrônica. Isto confere ao país plenas condições de superar o complexo de “vira-lata”, identificado por Nelson Rodrigues, e de forma ousada e consistente, enfrentar desafios que exigem conhecimento e recursos humanos qualificados, para mergulhar definitivamente no seleto grupo mundial de Nações que detêm expertise e dominam a produção de chips.
(*) Professor Emérito de Física – UFPE e ex-Ministro da Ciência e Tecnologia (2005 -2010).
(**) Professor Titular do Instituto de Informática – UFRGS.
(***) Professor Titular do Instituto de Informática – UFRGS.
(****) Engenheiro e Professor da Escola Politécnica – PUC/RS.
Me diga qual é o chip que a Ceitec fabrica e onde posso comprá-lo?
E porque o site fo Ceitec está bloqueado?
Leia a matéria, leitor, para saber o que a CEITEC já criou e fabricou. Quanto ao site, é evidente que a tentativa do governo Bolsonaro de liquidar a empresa teve consequências gravíssimas. A questão é, exatamente, reativar a empresa e a produção nacional de chips.
NAO BASTA SER VIRALATA…ALGUNS PREFEREM SER JAGUARA…O BRASILEIRO BATE NO PEITO E ESBANJA ORGULHOSAMENTE CARROS CHINESES INGLESES AMERICANOS…ROUPAS INDIANAS, MAQUIAGEM FRANCESA,BEBIDAS IMPORTADAA, UMA IMBECILIDADE TOTAL, AQUI NO SUL SE PRODUZ MELHORES ÔNIBUS…APARELHOS DE AR CONDICIONADOS, MOTORES DE VEÍCULOS, TEM SIM QUE ESTATIZAR, POIS A INICIATIVA PRIVADA E SEUS LOBISTAS PATRIDIOTAS SERVIS AO SISTEMA…A QUE PREÇO? O POVO BANCA SALARIOS DE POLITICOS VAGABUNDOS PARASIYAS PRA QUE? VAO TRABALHAR EM.PROL DA MELHORA REAL CONDIÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DO NOSSO PAIS…
Luís Alberto, eu até acho que o governo federal, por meio de seus mecanismos financeiros, deve auxiliar a iniciativa privada no incremento da produção dessa área, bem como de outros componentes tecnológicos, mas fechar uma fábrica estatal, pronta e em produção, só pode mesmo ser prática de inimigos ou de exploradores da pátria, como todos os que compuseram o nefasto e trágico governo Bolsonaro, para ficar no exemplo mais recente.
Complexo de vira-latas de alguns, lobby e intere$$e$ de outros por trás de certas decisões…
Materia muito boa espero que nesse governo o Brasil retome as atividades nesta área
Kkk o mesmo governo q veta as aulas de robótica no ensino fundamental, vem com essa história de reativar uma estatal , que ninguém nunca tinha ouvido falar , nunca se mostrou nada q ela tenha produzido, agora falam q não era deficitária, falar é fácil, onde estão os balanços da empresa pra provar, o q ela produzia??? Quem comprava??? No q era usado??? Qual era o custo de produção dos seus chips?? Pois não adianta falar q produz , se no mercado tiver um equivalente pela metade do preço, na matéria se deu o exemplo do JK que queria trazer indústria automotivo pra cá, comparação idiota , JK não montou nenhuma estatal pra fabricação de veículos. Apenas trouxe multinacionais pra cá.
Você está apenas repetindo o que todo vende-pátria despeja, sem pensar. Aliás, é por não pensar, pela incapacidade de pensar, que todo vende-pátria repete essas coisas. O resultado é que se torna ridículo pela ignorância – e servilismo ao que existe de pior, dentro e fora do país.
Primeiro, o atual governo não vetou aulas de robótica no ensino fundamental. Pare de inventar história, leitor.
Segundo, se você nunca ouviu falar da CEITEC, o problema é seu. Mas não queira atribuir a sua ignorância – verdadeiramente abissal – à população brasileira.
Terceiro, o que ela produziu, até agora, está claro no artigo. Se você quer negá-lo, seria bom arrumar um argumento, pois o que ela produziu e a utilidade dela já está demonstrado.
Quarto, ninguém comparou a política automobilística de JK com a política atual de fabricação de chips. Pelo contrário, o que se disse é que são muito diferentes. O que se comparou foi o entreguismo da velha múmia chamada Eugênio Gudin com o entreguismo do “O Globo” e de adeptos do capachismo, como é o caso do leitor. Esses, sim, são comparáveis – e iguais.
Mas isso quer dizer que o leitor não leu a matéria – ou foi incapaz de entendê-la, ainda que minimamente. O que não é uma surpresa, para quem projeta a sua incapacidade sobre o nosso povo.
Vc está preso… Assassinou o cabra com palavras.
Como é, leitor?
O Brasil está muito defasado em setores chaves da produção de produtos de alta complexidade econômica e ofertas de serviços sofisticado. Um país somente produtor de alimentos e commodities, é um país pobre.
Penso que se não fizermos um esforço de produção e qualificação da nossa indústria não vai sobrar nada. Essa crise de chips para automóveis que culminou nos atuais preços dos carros, caso a produção de chips aqui existisse, tudo poderia ser diferente.
Não produzimos celulares, chips, carros (temos montadoras alienígenas) aviões (Embraer é montadora com motores e muitas peças alienígenas) e qualquer outra coisa. Tudo importado. Vamos produzir o que? Soja e milho para parte serem processados lá fora e importafo de volta. Que país é este?!
É importante para o desenvolvimento do país ter fabricação de Chips , no meu ponto de vista o ” Entreguismo” veio no fato daquela gigante asiática famosa por seus televisores ter feito acordo para colocar fábrica de semicondutores no Brasil.
O Brasil é rico em qualidade técnica e exportamos milhares de pessoas para o exterior em diversas áreas incluindo na tecnologia.
Problema é a visão pequena de certos administradores porque o mundo todo precisa de chip. Qualquer chip que for produzido no mundo será adquirido. Realidade, carros parados a produção por conta da falta de quê semicondutores. Um nicho e esta empresa nacional poderia adentrar.
Uma pesquisadora da USP desenvolveu o semicondutor mais avançado do mundo. É só investir nela.
O brasileiro tem uma capacidade inigualável no mundo, só não percebem os cegos, os surdos e mudos, pois não querem ver, ouvir e falar.
O Brasil é o único país do mundo, que tem o mundo aqui dentro.
Portanto o saber do mundo está aqui dentro, saber valorizamos é fundamental. Investir, acreditar sempre, esses são os caminhos.
Sem querer ser antagônico aos fatos. Eu acho que admitir que certos países são melhores em determinadas áreas não significa que estamos admitindo que somos vira-latas. Na verdade somente percebendo certas disparidades entre algumas nações e a nossa é que poderemos tentar galgar formas de alcançá-los um dia. Por outro lado a tentativa de supervalorizarmos nossa capacidade apenas pelo excesso de patriotismo pode nos levar a ficarmos acomodados achando que estamos próximos ou até melhores que essas nações, quando não é o caso no momento.
Certamente, existem países que estão melhores do que nós em determinadas áreas. O reconhecimento desta realidade não é o que caracteriza o chamado (por Nelson Rodrigues) “complexo de vira-lata”. Este é constituído por aquele sentimento de inferioridade que faz com que alguns achem que não temos capacidade para desenvolver o que outros países desenvolveram. Vejamos o caso dos chips, leitor. Em que a ilha de Taiwan é melhor do que nós para ter desenvolvido chips, inclusive microchips, nanocondutores, etc.? O que Taiwan teve, foi ajuda estatal. Só isso. Essencialmente isso. E nem precisamos, no momento, de chips como os produzidos em Taiwan (pois nem todo chip é igual, nem as necessidades de chips são as mesmas). Esse é o problema que o texto aborda.
Mas a TMSC não se notabiliza pelo projeto de chips revolucionários ou avançados. Ela se especializou em fabricar chips projetados por empresas especializadas em arquitetura de semicondutores. Esse é o motivo de seu sucesso, não fazer concorrência com seus clientes potenciais no projeto e uso de chips. Ela se especializou nos processos de produção utilizando a tecnologia mais avançada existente, e aperfeiçoando esses processos. Muitas empresas americanas que projetavam e fabricavam seus próprios chips foram a falência ou desistiram do processo de fabricação devido o alto custo de manter essas linhas de produção que requerem investimentos constantes de bilhões de dólares pra se manter na vanguarda tecnológica. Foi o caso por exemplo da AMD. Uma fábrica de chips de última geração requer atualmente investimento de 20 bilhões de dólares. Fabricar componentes de menor custo e de nichos específicos pode ser a saída pro Brasil, mas entrar na corrida para estar na vanguarda exigiria um investimento enorme que não está no radar nem do governo ( não há verbas para investimentos ) nem das empresas privadas
Que não nos curvemos aos menosprezos internacionais. Somos inteligentes Somos capazes. Abaixo desgovernos incompetentes. E VIVA LULA LÁ DE Paz e de progresso. Vamos à luta companheiros.
Em vez de fazermos embates sobre qual governo faz mais ou faz menos deveríamos como sociedade organizada cobrar mais dos governantes iniciativas que levam o nosso país a ser exportador do produto final e não exportador de matérias primas a preços de ‘bananas” para os outros países e depois importar os produtos fabricados por eles com as nossas matérias primas por valores isorbitantes para a nossa realidade w sermos sempre dependentes da boa vontade dos mesmos. No nosso solo temos quase todos tipos de minérios existentes na tabela periódica que precisamos para fabricação desde um grampo de cabwla a satélites. Então acho muito mais produtivo que as “grandes” mentes cietificas desse país se esforçassem mais para que o desenvolvimento tecnológico no país se torna-se protagonista de vez e não mais ser apenas um figurante.
Toda vez que a esquerda está no poder, alguém vem com esta história de entreguismo, ou seja, estão sempre lamentando as boquinhas perdidas.
Pelo jeito, você não gosta que apontem o seu entreguismo, não é? Uma empresa que reunia – e ainda reúne – o que existe de mais capacitado tecnologicamente, quanto à fabricação de chips, no Brasil, e você chama isso de “boquinhas perdidas”, apenas porque não tem a mesma capacidade. Diga-nos: você prefere lucrar com a boquinha do entreguismo? Ou apenas inveja quem o faz? Bem, é uma questão de gosto – e de servilismo.
A Ceitec era tão ruim que quando fechou a galera de lá foi praticamente imediatamente toda contratada por multinacionais de projeto de Chips, como EnSilica e Impinj, que inclusive abriram escritórios no Tecnopuc assim que ocorreu o fechamento, só pra contar com o pessoal altamente capacitado que trabalhava lá. Ou seja, o governo foi extremamente míope em fechar o Ceitec.
Sempre tive pensamento que nosso país tem riquezas diversificadas e capacidade técnica imensa. Precisamos dar o salto para mudanças deste estatus que muitos políticos impedem e procuram se manter no poder fazendo só promessas. Vamos unir nossas forças para mudarmos nosso destino, pois somos capaz de sobrepormos esses obstáculos que vivemos de slogans tais: “o Brasil é o país do futuro”; “vamos crescer o bolo para distribuirmos a cada brasileiro” vários anos atrás, chega de criar discursos vadios, precisamos dar um basta nesses exploradores que se dizem brasileiros.
Claro, temos muito com complexo de vira-latas , porém não podemos pagar a conta dos nossos governantes,[sim nós os elegemos, concordo], no entanto em minha opinião temos representantes que ganham “rios de dinheiro” por essa razão não estão preocupados com desenvolvimento deste país, em um país forte e próspero. Se tivessemos homens dispostos a da a vida por essa nação, homens visionários.
Uma coisa é certa, muito dinheiro vai ser novamente enterrado ali. Sinceramente, eu gostaria que o Brasil produzisse muitos Cis, mas a produção atualmente depende muito mais de empresas do que a vontade estatal. O ambiente para esse tipo de negócio no Brasil é estrenanente hostil, ainda mais agora. Meus colegas na universidade discordam mas é a verdade, infelizmente.
Seus colegas na universidade estão certos – e você está errado. Portanto, a verdade é o oposto da sua crença (pois não passa de uma crença). Mesmo nos EUA, paraíso das empresas privadas, o desenvolvimento da indústria de chips – e qualquer outro desenvolvimento de alta tecnologia – dependeu e depende dos investimentos estatais. E quanto mais hostil for o ambiente, mais importante se torna o investimento estatal, inclusive através de empresas estatais. A propósito, leitor, é um engano achar que serão catadupas de dinheiro necessárias para esse desenvolvimento. Depende da concentração de recursos já existentes.
Sabemos que o governo Bolsonaro foi a raiz de todos os males para o crescimento econômico do país e por causa disso tentou destruir o máximo possível dos produtos diversos desde a rara tecnologia quase inexistente ao quase golpe de Estado Perfeito, Bolsonaro sempre quis tornar o Brasil num país de vira latas do EUA vendendo tudo o que se podia imaginar desde Aeroportos, ferrovias, Petrobras, Eletrobras, Mineração, Bancos públicos e uma dívida pública monstruosa deixada pelo ex presidente desajuizado de kbça.
Eu não tenho dúvidas de que o Sonaro quis transformar o país num país de vira latas desde que começou a vender todas as empresas estatais que o Brasil possuía desde Aeroportos passando por várias outras empresas, na gestão do ex presidente ele cogitou até a venda do sistema único de saúde o SUS, coisa que soou negativamente por toda a sociedade e por todos os parlamentares brasileiros, alguém lembra disso?
O Brasil tem capacidade técnica em seus profissionais. Trabalhei com Tecnologia ate há poucos anos, na área de Circuitos Impressos e também participei fornecendo imagens para litografia de alta resolução para pesquisas na Poli/ USP. Como bem informa o artigo, existem milhares de chips de menor complexidade e que são utilizados em todo tipo de equipamento eletrônico que poderiam sim ser fabricados aqui e depois com investimentos em pesquisa e capacitação ir adentrando na produção de componentes mais complexos. Isso não se dá por passe de mágica, é preciso pesquisa, desenvolvimento e investimento nisso e também em outras diversas áreas industriais para que possamos dar um salto e colocar o pé no futuro, e deixarmos de ser apenas retoricamente “um pais do futuro”.
A única empresa que havia se instalado no Brasil e chegou a produzir alguns Chips era a Texas componentes em “Campinas” Diversos Chips uso diversos e memórias Eprom. E após um curto período de Vida alegaram um série de dificuldades e enterraram a operação inteira. Agora está empresa nunca me deparei com nenhum componente de sua fabricação como muito bem mencionado anteriormente.
Para você ver como é depender de uma empresa estrangeira – sobretudo uma empresa norte-americana – em um setor tão vital quanto os chips. A Texas Components Corporation, que tem sede em Houston, Texas, EUA, parou a produção e foi embora quando quis, deixando o país à míngua, no que concerne à tecnologia. Mas, se você nunca ouviu falar da CEITEC, isso não quer dizer que ela não exista ou não tenha produzido alguns milhões de chips. Apenas, a empresa foi sabotada, principalmente no governo Bolsonaro.
É muito importante acreditarmos nas ideias. Pois do contrário estaríamos dentro das cavernas. Em 1977 quando fazia ensino médio, um prof. de matemática afirmou, que inúmeros brasileiros eram levados pra o exterior, dada sua capacidade criativa e intelectual. Só q os q levam nossos profissionais não confessam onde estão o q fazem.
Admiro muito o inventor, por mais simples q seja o invento, do contrário estaríamos onde já mencionei.