Os resultados regionais da produção industrial do país, divulgados na quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), continuam a reforçar a falácia da “recuperação da economia”. (Leia mais aqui)
Em março, a produção industrial no país recuou -0,1% em relação a fevereiro. Falando de produção física, os números foram desastrosos em 8 dos 15 locais pesquisados em março e, mesmo nos estados onde foi registrado algum crescimento, essa variação não chega nem perto de recompor as perdas recentes. Muito menos representam qualquer recuperação que chegue próximo aos níveis de produção do período anterior da crise de Dilma/Temer, já que em março o volume produzido está 15,3% abaixo do que foi registrado em maio de 2011.
A produção das indústrias do Rio de Janeiro – onde o setor produtivo responde por 32,2% do PIB do Estado – teve perda de 3,7% apenas na passagem de fevereiro para março, segundo divulgado pelo IBGE. Outros recuos acentuados foram verificados na Bahia (-4,5%), Região Nordeste (-3,6%), Santa Catarina (-1,2%), Rio Grande do Sul (-0,9%), Paraná (-0,9%) e Ceará (-0,2%).
Os números das indústrias de São Paulo (+2%) foram comemorados pelos entusiastas da política mentirosa de Henrique Meirelles. Contudo, essa pequena variação no fundo do poço em que se encontra a indústria paulista – a maior e mais dinâmica do país – ao menos garantiu a reposição do que foi perdido em termos de volume de produção nos dois primeiros meses de 2018: -3,8% (correspondente a queda de -3,3% em janeiro e de 0,5% em fevereiro, na comparação com os meses imediatamente anteriores).
PRISCILA CASALE