Em relação a fevereiro, a produção da indústria brasileira caiu -1,3%
A produção industrial física brasileira caiu -1,3% em março na comparação com fevereiro deste ano, na série com ajuste sazonal, segundo divulgou o IBGE, nesta sexta-feira (3). Na comparação com março do ano passado, a produção do setor desabou -6,1%, o pior resultado desde maio de 2018 (-6,3%).
O acumulado nos últimos doze meses (-0,1%) apontou o primeiro resultado negativo desde agosto de 2017 e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em julho de 2018 (3,3%), diz o IBGE.
No acumulado do ano, de janeiro a março, frente ao mesmo período de 2018, a a produção industrial recuou -2,2%. Queda é generalizada, atingindo todas as quatro grandes categorias econômicas, 21 dos 26 ramos, 55 dos 79 grupos e 56,9% dos 805 produtos pesquisados.
Na comparação com março de 2018, o setor industrial recuou -6,1%, com resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas: Bens de capital (-11,5%); Bens de Consumo Duráveis (-15,8%) e Bens de Consumo Semi e não-duráveis (-5,2%) e Bens intermediários (-4,4%). O recuo atingiu 22 dos 26 ramos, 60 dos 79 grupos e 63,7% dos 805 produtos pesquisados pelo IBGE.
Na comparação com fevereiro, a produção da indústria brasileira caiu em três das quatro grandes categorias econômica e em 16 dos 26 ramos pesquisados.
O acumulado nos últimos doze meses (-0,1%) apontou o primeiro resultado negativo desde agosto de 2017 e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em julho de 2018 (3,3%).
Entre as atividades, a principal influência negativa em março em relação a fevereiro, destacou o IBGE, foi em produtos alimentícios, (-4,9%), que eliminou parte da expansão de 13,8%, acumulada no período novembro de 2018 a fevereiro de 2019.
O resultado é um alerta de como a população, que enfrenta o desemprego recorde e o arrocho na renda, não está conseguindo nem comprar alimentos.
Sem o fortalecimento do mercado interno, com a valorização do trabalhador e da indústria nacional, o resultado é a queda no consumo, na produção, nas vendas e nos serviços, verificados nesses primeiros meses do desgoverno Bolsonaro.
Destacamos, a seguir, trechos do documento divulgado pelo IBGE.
Produção industrial cai 6,1% em comparação a março de 2018
Na comparação com março de 2018, o setor industrial recuou 6,1%, com resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas, 22 dos 26 ramos, 60 dos 79 grupos e 63,7% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que março de 2019 (19 dias) teve dois dias úteis a menos do que março de 2018 (21).
Entre as atividades, indústrias extrativas (-14,0%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-13,3%) exerceram as maiores influências negativas. Outras contribuições negativas relevantes foram: produtos alimentícios (-5,0%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-23,7%), máquinas e equipamentos (-7,8%), outros equipamentos de transporte (-22,1%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-11,8%), produtos de borracha e de material plástico (-6,7%), impressão e reprodução de gravações (-30,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-7,7%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-11,8%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-9,5%) e de móveis (-11,6%).
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (-15,8%) e bens de capital (-11,5%) assinalaram os recuos mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. Bens de consumo semi e não-duráveis (-5,2%) e bens intermediários (-4,4%) também apontaram taxas negativas, mas menos elevadas do que a média nacional (-6,1%).
Em 2019, indústria acumula queda de 2,2%
No índice acumulado para janeiro-março de 2019, frente a igual período do ano anterior, a indústria recuou 2,2%, com resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas, 21 dos 26 ramos, 55 dos 79 grupos e 56,9% dos 805 produtos pesquisados.
Entre as atividades, indústrias extrativas (-7,5%) exerceu a maior influência negativa. Vale destacar também os ramos: equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-13,0%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,6%), máquinas e equipamentos (-4,6%), produtos alimentícios (-1,4%), outros equipamentos de transporte (-10,5%), produtos de borracha e de material plástico (-3,4%), metalurgia (-1,8%), produtos de madeira (-7,9%) e celulose, papel e produtos de papel (-2,7%).
Média móvel trimestral cai 0,5%
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria recuou 0,5% no trimestre encerrado em março de 2019, mantendo, assim, a trajetória predominantemente descendente iniciada em agosto de 2018.
Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários (-0,9%) apontou a queda mais acentuada e o segundo resultado negativo consecutivo, acumulando redução de 1,2%. Bens de consumo semi e não-duráveis (-0,1%) também assinalou taxa negativa, permanecendo com a trajetória predominantemente descendente iniciada em agosto de 2018.