A indústria paulista registrou queda de -1,4% em setembro, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados na sexta-feira (8/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De janeiro a setembro, a retração foi de 0,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
No acumulado do ano, a redução de -1,4% na produção nacional alcançou oito dos quinze locais pesquisados pelo IBGE: Espírito Santo (-13,0%), Minas Gerais (-4,6%), Região Nordeste (-4,3%), Mato Grosso (-4,2%), Pernambuco (-3,0%), Bahia (-2,9%), Pará (-1,1%) e São Paulo (-0,1).
No conjunto de locais que apresentaram taxas positivas, no acumulado dos nove meses de 2019, estão: Paraná (6,7%), Rio Grande do Sul (4,3%), Santa Catarina (3,4%), Amazonas (2,5%), Goiás (1,7%), Ceará (1,4%) e Rio de Janeiro (0,3%).
Segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) dos segmentos da indústria de transformação, 56% ficaram no vermelho no acumulado de 2019, isso significa mais da metade do setor.
“Esta profusão de sinais negativos sugere problemas mais sistêmicos, como o elevado nível de desemprego e do perfil das novas ocupações que têm sido criadas, basicamente informais e de baixo rendimento (…)”, alerta o IEDI.
O IEDI espera que a indústria reaja no último trimestre deste ano, mas frisa que o ambiente de incerteza tem “dificultado uma reação mais consistente do investimento, já muito prejudicado pela elevada ociosidade do parque produtivo e por mudanças nos tradicionais mecanismos de financiamento de longo prazo do país”. Por conta disto, “2019 vai se firmando como um ano negativo para a indústria. As expectativas do mercado para a produção física do setor, segundo o Boletim Focus/BCB, vêm sendo recorrentemente reduzidas e chegaram a -0,73% para jan-dez”, destacou o instituto.
ANTONIO ROSA