A produção industrial paulista segue estagnada, segundo apurou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados da produção física regional de fevereiro, divulgada hoje, aponta um crescimento ZERO na principal região industrial do país no acumulado de janeiro/fevereiro e nos últimos doze meses.
“Neste início de 2019, a indústria é um setor estagnado, já que o crescimento obtido em fevereiro foi suficiente apenas para compensar o retrocesso de janeiro. Ou seja, andamos em círculo em torno de um ponto de baixíssimo dinamismo atingido após um trimestre recessivo como foi o de outubro a dezembro do ano passado”, afirmou o IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial).
O IEDI não descarta a hipótese de que a produção de fevereiro tão somente reagiu a uma necessidade de recomposição de estoques. “De um modo ou de outro, o que não dá para afirmar com certeza é que estamos vendo um retorno do crescimento industrial”.
No primeiro bimestre de 2019, a produção industrial nacional acumula queda de -0,2% frente ao mesmo período do ano anterior. São 54% dos ramos industriais no vermelho neste bimestre, alguns deles, inclusive, já tendo apresentado perdas no 4º trim/18, como nos casos de têxteis, calçados e couros, produtos de madeira, borracha e plástico, químicos, outros equipamentos de transporte e informática e eletrônicos.
Para o Instituto, os dados do PIB de 2018 divulgados recentemente pelo IBGE “mostram que o retrocesso da indústria brasileira na estrutura produtiva do país continua avançando em ritmo forte”.
“No ano passado, a participação da indústria de transformação diminuiu quase 1 ponto percentual em relação a 2017, atingindo apenas 11,3% do valor adicionado (VA) total mensurado a preços básicos e correntes ou 9,7% do PIB geral (incluindo impostos). Este foi o menor percentual de toda a série histórica das Contas Nacionais do Brasil, iniciada em 1947”, assinala o IEDI.
PRODUÇÃO INDUSTRIAL REGIONAL
No acumulado no ano, frente a igual período de 2018, houve perdas no Espírito Santo (-6,2%), Região Nordeste (-3,0%), Amazonas (-2,0%), Mato Grosso (-2,0%), Bahia (-1,8%), Pernambuco (-1,5%) e Rio de Janeiro (-1,1%), enquanto São Paulo (0,0%) e Minas Gerais (0,0%) repetiram o patamar dos dois primeiros meses de 2018. Por outro lado, houve expansão no Paraná (10,3%) Rio Grande do Sul (6,7%), Goiás (5,8%), Pará (5,2%), Ceará (3,2%) e Santa Catarina (2,7%).