A produção industrial brasileira mantém-se estagnada e no fundo do poço, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Houve, segundo o órgão, um ligeiro crescimento na produção da indústria, de 0,2%, em novembro em relação ao mês anterior, descontada a variação sazonal (aquela que é modificada pelas características próprias do período).
Só para se ter uma ideia da crise em que se encontra a indústria brasileira, se tomarmos o ano de 2012 como base e considerarmos sua produção média da indústria geral como 100, veremos que em 2017 esse índice atingiu meros 87,7 em novembro. Ou seja, uma queda de 12,3% no volume produzido. Se analisarmos por setores, veremos que a situação em alguns deles é dramática. O setor de bens de capital, que revela o grau de investimento que está sendo feito no setor produtivo, a variação é de 100 em 2012 para apenas 75,43 em novembro de 2017, uma queda de quase um quarto na produção.
Na área de bens intermediários, caiu de 100 em 2012 para 88,9 em novembro de 2017. Nos dois setores de bens de consumo, os bens duráveis de um lado e os semi e não-duráveis de outro, a situação não é diferente. Nos duráveis caiu de 100 para 78,47 em novembro e nos semi e não-duráveis caiu de 100 para 92,4 no penúltimo mês de 2017.
A queda principal da produção industrial começou em meados de 2014 quando o governo Dilma reduzir os investimentos públicos para, segundo seu Ministro da Fazenda, Guido Mantega, “abrir espaço para a iniciativa privada”. O que se viu depois disso foi um desastre total na economia.
O badalado programa de concessões do governo, que iria, segundo Dilma, garantir os investimentos estrangeiros, foi um fiasco. A insistência em juros proibitivos acabou de afundar a economia. Depois disso, Temer segue na mesma direção e mantém o país no mesmo patamar deixado por sua antecessora. Confira no gráfico abaixo. Note-se que a indústria de transformação, em verde no gráfico, é o setor mais afetado. A linha preta é o setor extrativo, voltado quase todo para a exportação e com um comportamento atípico. Quando o resto da indústria afunda e o país entra em recessão, a extração de minérios, e seu envio para o exterior, aumenta, jogando o Brasil na condição de mero exportador de matérias primas.
Uma ideia: para separar e equilibrar os três poderes, empresa, trabalho e governo. Sem o equilíbrio destes três poderes não temos democracia e liberdade. Isentar todas as empresas do pagamento de todos os tributos, tributar com base do consumo anual da Pessoa Física. A republica não garante a liberdade ou democracia. Se existe um governo de direita ou esquerda, significa que nada funciona. Quem paga tributo no Brasil? governo? Empresa? não é o consumidor. Por que pagar tributos trabalhistas, aposentadoria, saúde e educação ao governo? Cooperativa Internacional do Trabalho, INTERNACIONAL
E aí somente os assalariados pagariam impostos – os ricos poderiam descarregá-los nas empresas, ou seja, no preço dos produtos. Assim, quem não é empresário pagaria duas vezes os tributos. Por si e pelas empresas e empresários. Não nos parece uma boa ideia, leitor.
Tudo o que for realizado no Trabalho não pode interferir no resultado da empresa ou governo e vice-versa. Por esta razão precisamos da separação e equilíbrio dos três poderes. Amarraram o sistema de uma tal maneira que o trabalhador “tá batendo de frente” com militares _ (ditadura)
Ô, leitor, quem está batendo de frente com todos – inclusive trabalhadores e militares, mas também com os empresários produtivos nacionais – são as quadrilhas que constituem o famigerado “mercado” financeiro, incluindo aqui, não somente bancos e fundos, sobretudo estrangeiros, mas também as multinacionais, que jogam o dinheiro que obtêm do BNDES nesse cassino de roleta viciada. A propósito, não há como a realização do trabalho não interferir no resultado de uma empresa (ou do governo), pois toda riqueza criada é, precisamente, realização do trabalho.
Quem paga o seu salário ? o governo? a empresa? não, é o consumidor que paga o seu salário.
E quem paga o salário do consumidor? Não podemos esquecer, leitor, que o consumo depende, na maior parte, precisamente, do salário. O trabalhador é o outro nome do consumidor.