Professora com adesivo de Bolsonaro que fez saudação nazista em sala no Paraná é demitida

Segundo advogado, professora não fez a saudação nazista, apenas bateu continência - Foto: Reprodução/Twitter

A professora de redação que foi filmada fazendo uma saudação nazista dentro de uma sala de aula em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, foi demitida. A informação foi confirmada pela diretoria do Colégio Sagrada Família e pelo advogado de defesa da profissional, Alexandre Jorge.

Na segunda-feira (10), a escola emitiu uma nota afirmando não compactuar com o acontecido e não concorda com a postura da professora. Definiu a ação, ainda, como “um erro”.

O advogado alega que a professora não fez uma saudação nazista, mas sim colocou o hino para tocar e fez uma continência à bandeira. Disse, ainda, que o fato aconteceu ao fim da aula, quando a profissional faz comumente um momento de descontração junto aos estudantes.

A defesa também alegou que o vídeo foi um recorte feito por estudantes “com posição política contrária”, fora de contexto. Por fim, ressaltou que ela não compactua com o nazismo.

Sobre a camisa do Brasil com bottons do candidato Jair Bolsonaro, o advogado afirmou que o uso é de praxe por parte da professora “já que a manifestação política é livre para todos”. 

Nas imagens é possível ver a professora fazendo um sinal de sentido antes de estender a mão direita para frente. O gesto era usado no período do nazismo na Alemanha, quando Adolf Hitler governou o país nas décadas de 1930 e 1940 e cometeu um genocídio contra mais de 6 milhões de judeus, perseguidos pelo regime.


CONIB e FEiP repudiam conduta de professora que fez saudação nazista

Em nota, a Confederação Israelita do Brasil (CONIB) e a Federação Israelita do Paraná (FEIP) repudiaram a conduta da bolsonarista e relembraram que o nazismo deve ser combatido.

“Espera-se uma rigorosa apuração dos fatos e punição exemplar à referida profissional. O nazismo é um movimento que promove o ódio e a morte e executou o extermínio de 6 milhões de judeus e outras minorias, como ciganos e LGBTQIAP+, durante a Segunda Guerra Mundial. Ele deve ser combatido de forma efetiva, conforme a legislação vigente”.

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