Os professores de 64 universidades da Inglaterra deram início a um amplo movimento de greve em defesa das pensões da categoria.
O movimento grevista foi anunciado na quinta-feira (22), com previsão de duração de um mês e já se tornou a maior mobilização do setor dos últimos dez anos. Entre as universidades que aderiram ao movimento, Oxford e Cambridge.
A greve foi convocada pelo sindicato União de Universidades e Colégios da Inglaterra (UCU, na sigla em inglês) como resposta às mudanças que reduzirão em até 10 mil libras (11,2 mil euros) a pensão de um único professor universitário. As alterações no Plano de Aposentadoria Universitária pretendem colocar fim a diversos benefícios, entre os quais o que concede uma renda fixa na aposentadoria.
A tentativa de ataques ao sistema de pensões dos professores por parte da organização Universidades da Inglaterra (UUK, na sigla em inglês), espécie de mantenedora das universidades, não deixou outra alternativa a não ser a convocação da greve, afirmou a secretária-geral da UCU, Sally Hunt. “Os professores e alunos estão enojados com a proposta. Dessa forma é inevitável que a greve se estenda por todos os campi da Inglaterra”.
Enquanto os professores e seu sindicato defendem o atual sistema de aposentadoria, os argumentos contrários ao atual sistema de pensões dos professores é o mesmo utilizado no Brasil ou em outros países: o suposto déficit nas contas das pensões, conforme defendido pela organização UUK.