
Os professores da rede estadual do Rio Grande do Sul entraram em greve nesta segunda-feira (18) contra o pacote apresentado pelo governador Eduardo Leite, na última quinta. (Leia mais em Servidores do RS tomam as ruas e aprovam greve contra pacote de arrocho de Eduardo Leite).
De acordo com a presidente do Sindicato dos Professores e Funcionários de Escola do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS), Helenir Schürer, a categoria sofrerá um duro golpe com esses projetos, que atingirão diretamente os salários e planos de carreira.
“Hoje, o professor que tem mestrado e doutorado tem diferença salarial de 100% em comparação com o que tem apenas Ensino Médio. Pela proposta do governo, a diferença cai para 7%. É uma perda de 93%.”, denuncia.
Conforme o Sindicato, pela manhã, em Porto Alegre, pararam totalmente as escolas Inácio Montanha, Florinda Tubino Sampaio, Antão de Faria, Júlio de Castilhos e Padre Reus. Outras pararam parcialmente.
Em nota, a entidade afirma que “nossas escolas estão sucateadas e faltam recursos humanos, pois muitos não conseguem resistir à sobrecarga de trabalho e à humilhação de escolher entre comer e pagar as contas.[…] Por trás deste projeto está a intenção de acabar com a escola pública e os sonhos de milhões de gaúchos. Querem privatizar o ensino e cobrar das famílias a conta do acesso à educação. Não vamos deixar que isso aconteça”.
“Enquanto isso, bancos têm lucros recordes, empresas deixam de pagar bilhões em impostos e os privilégios dos altos salários continuam intocados”, ressaltou
“Nossa causa é justa e esperamos contar com o apoio de toda a sociedade. Lutaremos pelos nossos e pelos seus direitos. Pelo futuro da sua e das nossas famílias.”,conclui a nota.