O sindicato dos professores de Oklahoma encerrou o movimento de greve, na sexta-feira (13), após conquistar no legislativo um incremento de US$ 450 milhões para o orçamento da educação.
Os professores obtiveram ainda um aumento de US$ 6,1 mil ao ano enquanto sua proposta original exigia um reajuste da ordem de US$ 10 mil. Este aumento será concedido ao longo de três anos.
Em maio de 2017, o salário médio anual de um professor de Oklahoma somava cerca de US$ 41,880, e se situava entre os mais baixos do país, conforme dados da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos EUA.
Os professores consideraram a medida uma vitória importante. “Temos, absolutamente, uma vitória para os professores”, comentou Alicia Priest, presidente da Associação de Educação de Oklahoma, durante entrevista coletiva. Com a aprovação no legislativo, “nossos professores estão dizendo que querem voltar para a sala de aula”. A associação de professores de Oklahoma, que reúne mais de 40 mil filiados, anunciou que muitos distritos importantes já retomam as aulas nessa segunda.
O movimento de Oklahoma integrou uma onda de greves em alguns estados americanos, onde professores que lecionam sob os menores orçamentos para a educação no país. Os professores da Virgínia Ocidental, por exemplo, encerraram a greve em março, depois de conquistarem 5% de reajuste salarial. No Arizona, a última manifestação por aumento do orçamento ocorreu na quarta passada.
A paralisação do setor de educação pública em Oklahoma teve início no dia 2 de abril, atingindo 71,42% das salas de aula, o equivalente a cerca de 500 mil alunos. Em sua grande maioria, as famílias dos estudantes se solidarizaram e apoiaram a reivindicação dos professores por escolas e salários melhores.
O grande apoio popular aos professores foi explicitado até mesmo nas pesquisas eleitorais do estado, indicando que os eleitores estavam horrorizados com os livros desatualizados e esfarrapados, muitas vezes insuficientes para o número de alunos nas salas. A falta de recursos para a educação fez com que muitos distritos cortassem o número de aulas, obrigando muitas escolas a reduzir de cinco para apenas quatro as aulas semanais.