Após as inscrições terem sido encerradas na última quarta-feira (17), a Prefeitura de São Paulo informou que recebeu 91.783 inscrições para o programa que vai contratar 5 mil mães de alunos da rede pública municipal para trabalhar nas escolas como agentes de protocolos de saúde contra o coronavírus.
As mães contratadas serão responsáveis por aferir a temperatura dos estudantes na entrada, higienização dos equipamentos de uso coletivos, além de fiscalizar o cumprimento das medidas de distanciamento e uso correto da máscara e do álcool gel.
A proposta é voltada para mães de estudantes da rede municipal. Elas vão receber um salário de R$ 1.155 mensais por 30 horas semanais de trabalho divididas em 24 horas de atividades nas frentes de trabalho e seis para cursos de qualificação profissional.
O tempo do contrato será de seis meses e podiam se inscrever mulheres de 18 a 50 anos que estão desempregadas há pelo menos 4 meses. Também estavam entre os critérios de seleção não receber benefícios como seguro-desemprego e não ter renda familiar superior à metade do valor do salário mínimo.
Cada uma das unidades da rede municipal de ensino deverá manter três mulheres selecionadas para o projeto.
As vagas serão distribuídas entre unidades educacionais espalhadas pelas 13 Diretorias Regionais de Ensino (DREs). A secretaria de Educação reforçou que essas mulheres não substituirão os trabalhadores efetivos ou terceirizados que atuam nas unidades educacionais.
A medida tenta melhorar a estrutura das escolas principalmente na questão de segurança contra Covid-19. A rede municipal retomou as atividades presenciais nesta segunda (15). Além disso, torna-se uma importante fonte de renda para as famílias mais carentes nesta situação de pandemia.
A seleção das contratadas será realizada pelo Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (Cate) entre os dias 18 e 24 de fevereiro. As mulheres selecionadas devem receber uma convocação por email e telefone, para o agendamento para entrega da documentação – RG, CPF, carteira de trabalho e comprovante de residência – em um dos 25 postos de atendimento do centro.
As mulheres serão chamadas entre os dias 25 e 26 de fevereiro, com previsão de início das atividades na rede municipal de ensino no dia 1º de março.
Até o início oficial nas funções, as mulheres devem passar por um curso de capacitação, que deve acontecer de maneira remota e será aplicado pela Escola Municipal de Educação Profissional e Saúde Pública Professor Makiguti, vinculada à Secretaria do Trabalho.
No total, devem ser aplicados R$ 31,8 milhões no projeto, iniciativa da parceria entre a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo e as secretarias municipais de Saúde e da Educação.