O escolhido do candidato à presidência do PSL, Bolsonaro, para o ministério da Fazenda, e economista Paulo Guedes, seria bastante beneficiado caso fosse eleito. Guedes é sócio e membro do comitê executivo da Bozano Investimentos, empresa que administra R$ 2,7 bilhões em capitais e tem participação direta ou indireta em empresas que atuam nos setores de educação e energia.
O candidato a ministro de Bolsonaro é o mesmo “economista” que também propôs uma alíquota única para o Imposto de Renda (IR), elevando o tributo de quem ganha menos e reduzindo de quem ganha mais.
Em relação à empresa Bozano, a empresa de Guedes concentra investimentos em oito empresas na área da educação, que atuam principalmente na educação a distância e o ensino universitário, segundo reportagem do Uol. Entre esses grupos estão o grupo Ser Educacional, que tem mais 150 mil alunos no ensino superior. Há ainda a Q Mágico, Wide e Passei Direto que atuam no ensino à distância. Guedes também participa da administração dos grupos educacionais HSM e Anima.
De acordo com o programa de Bolsonaro, a educação a distância é defendida como “importante instrumento” e “alternativa” de ensino “para as áreas rurais onde as grandes distâncias dificultam ou impedem aulas presenciais”. Políticas nessas áreas beneficiariam diretamente seus acionistas.
A Bozano investe também em empresas do setor de energia, como a Equatorial, Energiza, que arrematou a Companhia de Energia do Piauí (Cepisa), distribuidora da Eletrobras privatizada pelo governo em leilão realizado em julho. Além da Energiza, o grupo também tem participações na Companhia de Transmissão de Energia Paulista (CTEP).