O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, reuniu-se com parlamentares da CPMI do Golpe e afirmou que o relatório produzido pela comissão será utilizado nas investigações sobre o levante bolsonarista contra a democracia.
Participaram da reunião as senadoras Eliziane Gama (PSD-MA), que foi a relatora da Comissão, Soraya Thronicke (Podemos-MS) e o deputado Rogério Correia (PT-MG).
O PGR considera que o relatório da CPMI como uma “linha mestra” acerca dos crimes cometidos pelo antigo governo. As provas recolhidas estão sendo utilizadas nas investigações sobre o golpe.
É o caso da reunião organizada por Jair Bolsonaro com seus ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Walter Braga Netto (Casa Civil) para coordenar os ataques contra as urnas eletrônicas. O ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, também estava presente no encontro, que ocorreu no dia 5 de julho.
Além disso, as investigações estão utilizando as provas obtidas pela CPMI acerca da participação de agentes das Forças Especiais do Exército, os chamados “kids pretos”, no golpe do dia 8 de janeiro.
Esses militares orientaram e auxiliaram a multidão bolsonarista a invadir o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.
O relatório produzido por Eliziane Gama acusa Jair Bolsonaro de ter cometido associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado. Ele é citado como “grande autor” do levante golpista.
A senadora disse que “eu, o deputado Rogério Correia, a senadora Soraya Thronicke, nós saímos absolutamente felizes e satisfeitos de que o trabalho que nós tivemos aí de cinco meses na CPI foi um trabalho extremamente produtivo e proveitoso e que hoje a PGR está fazendo valer, de fato, o trabalho que nós tivemos de investigação”.
Segundo a relatora, Paulo Gonet disse que os trabalhos estão sendo feitos com “agilidade”, mas nenhum prazo foi informado.