O PSB enviou uma carta ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, repudiando as acusações feitas pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho “03” de Jair Bolsonaro, de que a China seria responsável pelo coronavírus e estaria escondendo informações sobre a doença.
Eduardo Bolsonaro usou seu Twitter para atacar o governo e o Partido Comunista Chinês. Mesmo após a resposta dos chineses, Eduardo insistiu nas acusações.
Na carta ao embaixador chinês, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirma que o partido “recebeu com estupefação – como todas demais instituições políticas democráticas do Brasil – as declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)”, as quais ele chama de “infundadas e irrazoáveis”.
Carlos afirma que “Eduardo Bolsonaro deveria apresentar desculpas formais e imediatas ao povo chinês, por suas ponderações completamente equivocadas e, não ocorrendo iniciativa de tal espécie, acreditamos que caberia ao governo brasileiro fazê-lo”.
As autoridades públicas deveriam, “em lugar de tergiversar sobre o que interessa ao bem comum da humanidade e à população brasileira em particular”, “contribuir de forma efetiva para o encaminhamento de soluções para os desafios agudos que se apresentam à sociedade brasileira”.
O PSB afirma que ainda aguarda “ações articuladas e eficazes de nosso governo”.
“O Brasil, felizmente, nada tem a ver com desatinos desta ordem e preza, como bem sabe o povo chinês, a cordialidade nas relações internacionais, especialmente quando se trata de nação amiga e importante parceiro econômico e comercial, como é o caso da República Popular da China”, continua.
“Estamos certos, por outro lado, que este episódio lamentável não trará qualquer tipo de mácula para o relacionamento fraterno entre a sociedade civil brasileira e a grande nação chinesa, inclusive porque os governantes passam, mas os povos prevalecem sobre o tempo e as circunstâncias”, conclui o partido.