
Em nota pública, a direção estadual do PSB apresentou suas pré-candidaturas majoritárias ao governo e ao Senado para 2022. “Desejamos dialogar com os partidos de nosso campo e com outros partidos a respeito da possibilidade de os termos compondo a chapa que disputará tais vagas”, está escrito na nota do PSB.
E segue: “Não temos a pretensão de impor qualquer caminho ou solução, queremos apenas convidar à reflexão sobre a melhor tática para derrotar o bolsonarismo onde ele nasceu: no estado do Rio de Janeiro”.
Assim, a pouco mais de 10 meses para o pleito de 2022, o PSB do Rio de Janeiro lançou oficialmente as candidaturas de Marcelo Freixo a governador do Rio de Janeiro e Alessandro Molon ao Senado Federal.
A disputa ao Senado será mais renhida, pois em 2022 estará em disputa apenas uma cadeira. Apenas 1/3 da Casa vai ser renovada – 27 cadeiras.
DISPUTA COM O BOLSONARISMO
Caso a chapa do PSB prevaleça, ficará para negociação, com outras forças políticas, o cargo de vice-governador. Do outro lado, o atual governador, Cláudio Castro (PL) vai tentar a reeleição. Na chapa dele estará o senador Romário, do mesmo partido, que também quer renovar o mandato.
A decisão, todavia, faltando 10 meses para as eleições, que ocorrerão em 2 de outubro, ainda pode sofrer alterações.
Daqui até abril de 2022 vão haver muitas conversas. Assim, até a corrida eleitoral começar a valer, muita água vai passar por debaixo da ponte.
ORIENTAÇÃO CONGRESSUAL
O jogo está aberto. De um lado, o próprio PT, do qual Freixo quer o apoio, tem em André Ceciliano, presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), candidato ao Senado.
De outro, Ceciliano não pontua bem nas pesquisas para o posto que almeja. Mas mesmo assim não é momento de fechar portas.
O PSB orienta ampliar o arco de alianças. Foi o que apontou o 18º Congresso Estadual do partido reforçando a orientação de buscar alianças com partidos que não estejam necessariamente no espectro político da legenda. Entretanto, precisam ser partidos que defendam a democracia e rejeitem o bolsonarismo.
EQUAÇÃO CARIOCA
Essa equação, todavia, ainda não está definitivamente resolvida, pois depende de outros fatores. As eleições gerais têm várias pontas que precisam ser conectadas. Leia-se, as alianças em outros Estados e regiões.
É preciso não esquecer que o PSB tem governador no Espírito Santo, que é candidato à reeleição. Está no jogo o Estado de Pernambuco, berço e bastião da legenda, que comanda o governo estadual e a prefeitura de Recife.
M. V.