O ministro da Ciência e Tecnologia de governo, Gilberto Kassab, anunciou, na quarta-feira (13), a pré-candidatura pelo PSD à Presidência da República em 2018 do banqueiro, ex-presidente da JBS e atual ministro do arrocho de Temer, Henrique Meirelles. Mesmo diante do fracasso do ministro, que mantém a economia brasileira no fundo do poço, Kassab disse que Meirelles é um “extraordinário nome”.
Filiado ao partido, o porta-voz do Bank Boston recebeu a bancada da Câmara dos Deputados em sua casa onde ofereceu um almoço e, segundo o presidente o líder do PSD na Câmara, Marcos Montes, ele recebeu o convite “com entusiasmo”.
O ex-presidente do Banco Central no governo Lula assumiu a presidência do Conselho da J&F Participações, dona da JBS, em 2012. Neste período a JBS surrupiou cerca de 12 bilhões de reais do BNDES para transformar-se num monopólio que passou a corromper toda a cúpula do governo e dos partidos da chamada base aliada. De lá ele saiu em 2016 para continuar seus serviços, agora no Ministério da Fazenda de Temer.
Três meses antes de assumir a Fazenda, Meirelles recebeu R$ 167 milhões, depositados em contas pessoais no exterior, por serviços prestados de consultoria, a HM&A, que tem entre os clientes a J&F. Após quatro meses, já como ministro de Temer, foram mais 50 milhões de reais depositados nas contas no exterior.
As informações constam de documentos públicos produzidos pela própria empresa de Meirelles, registrados na Junta Comercial de São Paulo e divulgados em reportagem pelo BuzzFeed, segundo a CartaCapital.
Só na JBS, ele embolsou R$ 40 milhões por ano, no período em que esteve à frente da holding que reúne todas as empresas dos irmãos Wesley e Joesley Batista, ambos atualmente presos, e do banco do grupo, o Original.
Sempre ligado ao sistema financeiro, foi presidente mundial do BankBoston, onde trabalhou durante 28 anos e de onde recebe uma aposentadoria anual de 750 mil dólares. No governo Lula jogou os juros na lua promovendo o desmonte da indústria nacional com a desnacionalização acelerada das empresas brasileiras e a desindustrialização do país.
No atual governo, a dupla Temer/Meirelles impôs a PEC da morte, com teto nos gastos públicos, a reforma trabalhista e tem como meta acabar com a Previdência Social, nem que para isso se aventure a tentar ser presidente em prol dos bancos e demais rentistas.