
O PSDB oficializou nesta terça-feira (2) a indicação da senadora Mara Gabrilli (SP) como candidata a vice-presidente na chapa encabeçada pela também senadora Simone Tebet (MDB-MS), que vai disputar a Presidência da República.
O anúncio foi feito durante evento na sede do PSDB em São Paulo.
A indicação foi confirmada após conversas entre as duas candidatas e os presidentes dos três partidos que formam a aliança – Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB), Roberto Freire (Cidadania) – e o senador Tasso Jereissati (PSDB).
“Estou lisonjeada de ter uma mulher como a Simone me convidando para ser vice dela”, discursou Gabrilli. “Vocês podem imaginar o tamanho da minha emoção em poder contribuir para esse país, porque foram as pessoas com deficiência que me fizeram querer lutar para que as pessoas tenham oportunidade”, completou.
Em seu discurso, a senadora relembrou a trajetória na política, passando por cargos de vereadora, deputada, pelo comitê da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, até ser eleita senadora por São Paulo em 2018.

Deficiente física, Mara Cristina Gabrilli é psicóloga e publicitária de formação.
“Eu tinha dúvida, Mara, se uma chapa 100% feminina seria aceita. Que bom que as [pesquisas] qualitativas mostraram que homens e mulheres estão prontos para votar nessa chapa. E quando fiz o convite para você, esperando que você fosse dizer ‘vou pensar um pouquinho, eu tenho algumas limitações’, Mara disse, na sua generosidade, ‘Simone, que honra. Como vai ser bom falar para o Brasil da nossa causa e da nossa luta’”, afirmou Tebet.
“Que a candidatura de Simone, quem sabe com a confirmação de Mara Gabrilli, seja uma janela aberta para milhões de eleitores brasileiros buscarem uma alternativa que possa levar a eleição ao segundo turno e abrir um espaço novo de discussão que não seja essa radicalização que faz mal à entrega do que a população de fato precisa”, disse Bruno Araújo.
Baleia Rossi afirmou que a escolha de duas mulheres da aliança é para “pacificar o país” e acabar com a “política de ódio que domina atualmente a eleição”.
“Quando a gente escolhe um presidente porque não gosta do outro, a gente não tem perspectiva de vida melhor. É muito ruim para o país. Por isso que trabalhamos incansavelmente para chegar no dia de hoje para apresentar uma chapa completa e inclusiva, que respeita a todos e que vai mostrar que a educação é a característica dos brasileiros. Com amor, a Simone e a Mara vão devolver ao Brasil a esperança de um futuro melhor”, declarou.
“Nós estamos com duas mulheres que não estão para compor cenário, mas para mudar a história”, disse Roberto Freire.