O perfil oficial do PSDB no Twitter publicou, neste domingo (13), um comentário no Twitter no qual classifica o ministro da Educação, Abraham Weintraub, como “doença terminal da Educação no Brasil”.
A publicação do partido foi feita em resposta às declarações de Weintraub durante encontro de “conservadores” em São Paulo onde o ministro comparou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à AIDS.
“Então você tem a doença oportunista e você tem a AIDS. Quem enfraqueceu nosso organismo foi justamente Fernando Henrique”, disse Weintraub, explicando que, assim como a doença que afeta o sistema imunológico, o Governo FHC (1994-2002) abriu caminho para eleição de Lula em 2002.
Segundo o PSDB, as declarações de Weintraub são “agressões que vão contra o espírito de nossa civilização”.
“Não nos calaremos diante desses abusos contra quem fez muito para o Brasil. Não ficaremos passivos diante de agressões que vão contra o espírito de nossa civilização. Tolerância e respeito devem estar acima das divergências políticas”, disse o partido em outra postagem.
Ofensa a Marilena Chauí
Durante o encontro, o ministro bolsonarista também relacionou as ideias defendidas pela professora da Universidade de São Paulo (USP), Marilena Chauí, ao “discurso do Terceiro Reich” nazista.
Para isso, Weintraub mostrou ao público um vídeo em que a acadêmica faz críticas à classe média brasileira. “Prestem atenção. Peguem o discurso dela e comparem com qualquer discurso do terceiro reich. Agora troquem a palavra ‘classe média’ por judeu”, disparou.
As declarações de Weintraub foram dadas durante a Conferência de Ação Política Conversadora (Conservative Political Action Conference – CPAC), que foi promovida pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), no último sábado (12).
A CPAC é financiada pelo Instituto de Inovação e Governança (Indigo), vinculado ao PSL. Com poucos estandes no evento, chamaram a atenção, além da venda de camisetas de Jair Bolsonaro, livros sobre a monarquia e um “kit antifeminismo”, composto por livro e curso em DVD ministrado pela deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL-SC).