A convenção do PSOL homologou no sábado (5) a chapa Guilherme Boulos-Luiza Erundina para concorrer à prefeitura de São Paulo.
O evento foi realizado em um campo de futebol na comunidade do Morro da Lua, em Campo Belo, Zona Sul da capital paulista.
Os discursos foram voltados, entre outros temas, para a crítica ao papel de Bolsonaro durante a pandemia.
“O Brasil tem mais de 120 mil mortos, mas ele (Bolsonaro) não se interessa, só se interessa pelo (Fabrício) Queiroz e pela milícia do Rio de Janeiro”, disse Boulos.
Boulos criticou ainda o pré-candidato Márcio França (PSB), que foi vice do governador Geraldo Alckmin, e o prefeito Bruno Covas. “Quem vai representar os tucanos não é um só. Tem o candidato oficial, Bruno Covas, mas tem um monte que foi tucano a vida toda, foi vice do Alckmin e está escondendo o bico agora”, afirmou.
O presidente nacional do partido, Juliano Medeiros, defendeu que a campanha em São Paulo tente resgatar parte do eleitorado pobre que votou em Jair Bolsonaro. “A última grande decepção atende pelo nome Jair Bolsonaro. Nem todo mundo que votou no Bolsonaro é fascista. Nós temos que resgatar esse pessoal”, disse o dirigente.
Boulos disse que vai combater a corrupção se chegar à prefeitura. “Vamos chegar lá sem rabo preso. No nosso governo empreiteira, OS de saúde e empresa de ônibus não vai mandar”, disse Boulos.
Ele citou o exemplo do governo de Erundina, quando prefeita, que construiu seis hospitais com um orçamento muito menor do que o atual. Disse que é possível realizar benfeitorias se o dinheiro não for desviado para a corrupção e citou uma série de escândalos dos governos tucanos em São Paulo como a máfia da merenda, os desvios na construção do Rodoanel e nas linhas de trens e metrô.
Em rápida entrevista coletiva, Boulos evitou fazer críticas ao PT. Segundo ele, as administrações petistas tiveram “méritos”, mas a prioridade à periferia foi insuficiente.