Lula entregou-se à Polícia Federal e foi conduzido a Curitiba, na noite de sábado, para iniciar o cumprimento da pena de 12 anos e um mês, a que foi condenado, no caso do triplex de Guarujá.
Não há como classificar de outra forma o que foi tentado nessas últimas horas, senão como uma encenação – por sinal, a cada momento mais isolada.
Quando o treinador Vanderlei Luxemburgo – de brilhante gestão na Seleção brasileira – é saudado como grande apoio, temos um retrato da amplitude do que foi visto, esses dois dias, em São Bernardo.
Mas, em que consistiu a encenação?
Lula foi condenado por roubo: por corrupção passiva e lavagem de dinheiro ilícito.
Não foi por nenhum ato heroico, nem por lutar pelo Brasil, nem por encarnar o sentimento de nosso povo, muito menos por ser um combatente da humanidade.
Pelo contrário, Lula foi condenado por roubar dinheiro do povo.
Foi provado, em dois julgamentos, na 13ª Vara Federal de Curitiba e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que o triplex de Guarujá era parte da propina que a empreiteira OAS passou a Lula, em troca da participação no cartel que saqueava a Petrobrás.
Todo o processo foi público, nas duas instâncias, com vídeos à disposição da população do Brasil – e do mundo.
No entanto, Lula se acha um injustiçado, como se o roubo fizesse parte da política, como se, porque outros roubaram e não foram punidos, ele também tivesse esse direito.
A questão é, exatamente, se alguém tem esse direito – ou se roubar o povo é crime, que deve ser punido com a cadeia.
Ou, formulando de outra forma, se ladrões devem ser tratados como heróis: esse é o conteúdo da encenação. Pois foi isso o que Lula e seus asseclas tentaram nesses dias – em boa parte, para consumo externo.
Em relação a seus acusadores, não por acaso, Lula se concentrou em atacar o mais tolo deles – pois até do lado certo existem tolos. Assim é mais fácil.
Porém, a nota da Associação Nacional dos Procuradores da República está correta quando afirma: “Em uma clara estratégia que busca inverter os papéis, Lula, no momento em que é chamado a responder e cumprir pena por crimes graves pelos quais foi condenado após ampla defesa e devido processo legal, ataca uma vez mais o Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal e seus agentes, tentando vender-se como um perseguido, o que nunca foi. O ex-presidente Lula teve e tem acesso a todos os meios de defesa e de contestação, que usou e está amplamente usando, e se, ainda assim, foi considerado culpado por duas instâncias da Justiça, é porque se impuseram a força das provas contra si – provas coletadas e apresentadas pela Força-Tarefa Lava Jato de Curitiba”.
Antes de se entregar, disse Lula que “estou muito consciente. Eu falei para os companheiros: ‘Se dependesse da minha vontade, eu não iria. Mas eu vou’. Eu vou porque eles vão dizer a partir de amanhã que o ‘Lula está foragido’, que o ‘Lula está escondido’”.
Realmente, em geral os condenados não gostam de ser presos.
Mas, se ele se sentisse tão injustiçado, não haveria vergonha em ser “foragido” – tal como foram, por exemplo, os tenentes após a revolta de 1922, depois da Revolução de 1924 e da epopeia da Coluna Invicta.
Entretanto, segundo Lula, entregar-se é um ato de coragem: “Eu vou lá na barba deles, para eles saberem que eu não tenho medo, para eles saberem que eu não vou correr e para eles saberem que eu vou provar a minha inocência. Eles têm que saber disso”.
Apenas bravata e fanfarronada. Lula está sendo preso porque foi condenado por roubo pela Justiça. Não está se entregando porque é corajoso.
A propósito, ninguém se entrega para “provar sua inocência”, porque isso é, além do mais, desnecessário: no Direito brasileiro não há necessidade do acusado provar a sua inocência. O Estado, através do Ministério Público é que tem essa obrigação – também conhecida como “o ônus da prova”.
Porém, o problema é que, em todo o processo, em nenhum momento, Lula, ou sua defesa, contestaram as provas apresentadas pela acusação.
Que provas são essas?
Aqui, o leitor poderá ver algumas das provas contra Lula no processo a que foi condenado: Uma pequena compilação das provas contra Lula (só no caso do triplex).
Quanto às provas não somente em relação ao caso do triplex, mas em relação às dos outros processos contra Lula: “O triplex não é meu” ou as provas que Lula garante que não existem.
Uma síntese pode ser consultada em: Lula passa longe do 2º julgamento do triplex porque provas são letais.
CARLOS LOPES
É triste o momento em que passa o Brasil. É difícil retificar quando a alma envelhece, deteriorada pela falta de escrúpulos. Ganância.
O p/t pregou “estado de direito” 12,5 anos de rapinagem. Com Lula, foi demonstrando ser conivente, um falso socialista, que o povo, pela aparência (revanchismo, manipulado por alguns órgãos da imprensa, tentando ser partido politico enrustido) o povo escolheu um salvador da pátria.
Roubo, lesaram, a ponto de rebaixar o País, a imoral conduta na mentira, corrupção como verdade…Não admitam erro. Gritam pela ganância, pelo poder absoluto.
O falso socialismo p/t-aliados, um sistema que não respeitou o pobre e simples, a propriedade privada, não garantiu nem mesmo a segurança do povo. O estado por si só já não era necessário.
Quem precisa deste estado?
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Eu desejo Lula na prisão: reflexão com a Paz.
Gostaria que este jornal também fizesse um levantamento do rombo produzidos pelos governos dos tucanos em São Paulo, do MDB e de outros partidos por esse Brasil afora.
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