
A desaprovação ao governo do presidente Lula (PT) subiu de 56% para 57% entre os eleitores brasileiros, segundo a nova pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4). Já a aprovação foi de 41% para 40%, o menor nível registrado até agora. Ambas as variações ocorreram dentro da margem de erro.
O levantamento da Quaest questionou aos eleitores como eles avaliam o governo Lula no geral. Houve oscilação tanto entre quem avalia o governo como negativo quanto quem considera positivo.
Veja os números:
Positivo: 26% (eram 27% em janeiro)
Negativo: 43% (eram 41%)
Regular: 28% (eram 29%)
Não sabe/não respondeu: 3% (eram 3%)
Questionados sobre o escândalo do INSS e o aumento no Imposto sobre Operações Financeiras, 31% dos entrevistados afirmaram que o governo Lula é o principal responsável pelo desvio de dinheiro de aposentados e pensionistas e 9% disseram que foi Bolsonaro. Sobre o IOF, 50% dizem que o governo errou ao manter ao aumento para compra de dólares.

A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho. Foram entrevistadas 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em todo o Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Em relação aos dois primeiros mandatos de Lula, entre 2003 e 2010, 56% dos entrevistados responderam que o atual governo está “pior que os anteriores” (eram 53%), 20% “igual aos anteriores” (eram 23%) e 20%, “melhor que os anteriores” (eram 20%). Já 4% não souberam ou não responderam.
A Quaest mostrou que Lula voltou a ser mais aprovado que desaprovado no Nordeste (54% a 44%). Antes, os indicadores estavam tecnicamente empatados (52% e 46%). A margem de erro nesse segmento é de 4 pontos para mais ou menos. Nas regiões Centro-Oeste e Norte, a desaprovação ficou em 55% (eram 52%), e a aprovação foi de 42% (eram 44%). No Sudeste, a desaprovação oscilou para 64% (eram 60% em março) e, a aprovação, para 32% (eram 37%). Na Sul, 62% desaprovam o governo (eram 64% na pesquisa anterior), enquanto a aprovação é de 37% (eram 34%).

O governo Lula segue mais desaprovado que aprovado pelas mulheres: 54% a 42%. Na pesquisa anterior, eram 53% e 43%, respectivamente. Entre homens, os números se mantiveram iguais aos de março: 59% desaprovam o governo Lula e 39% aprovaram.8 A margem de erro também é de 3 pontos. Os eleitores pretos voltaram a aprovar mais o governo federal (52%, eram 46%) do que desaprovar (46%, eram 51%). A margem de erro é de 6 pontos para mais ou menos.
A desaprovação se manteve alta entre os entrevistados que se autodeclaram pardos: 56%, frente a 52% em março. A aprovação neste público, que era de 59% em julho de 2024, está em 40% (era 45% em março deste ano). Brancos seguem com maior desaprovação ao governo federal, com 62% (eram 61%), enquanto 37% aprovam (36%). A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos tanto para pardos quanto para brancos.
Segundo a Quaest, 60% dos jovens de 16 a 34 anos desaprovam o governo federal, oscilação com melhora para Lula de 4 pontos em relação à pesquisa divulgada em abril (eram 64%). A aprovação neste grupo é de 37%, também oscilação positiva de 4 pontos (eram 33%).
A pesquisa mostrou ainda que entre a população de 35 a 59 anos, Lula é desaprovado por 59% (eram 54%). Outros 38% aprovam a gestão (eram 44%). Entre os eleitores com 60 anos ou mais, segue o empate técnico: 52% dizem aprovar o governo de Lula (eram 50% em março), enquanto 45% desaprovam (eram 46%). A margem de erro é de 5 pontos para mais ou menos.
Entre os mais pobres (renda de até 2 salários mínimos) seguem empatadas tecnicamente: a aprovação é de 50% (eram 52%) a 49% de desaprovação (eram 45%). Até a pesquisa de março, a aprovação do presidente era maior que desaprovação nesse segmento.
Nas famílias com renda acima de 5 salários mínimos, 61% desaprovam o governo Lula, ante 64% em março. A aprovação neste grupo é de 38% (eram 34%). As oscilações estão dentro da margem de erro do segmento, que é de 4 pontos. A desaprovação entre quem tem renda familiar de 2 a 5 salários mínimos está em 56% (eram 61%), enquanto a aprovação está em 43% (eram 36%). As oscilações também estão dentro da margem (4 pontos).
Há empate técnico entre a aprovação e a desaprovação ao governo Lula entre quem tem até o ensino fundamental completo: 50% aprovam (eram 53%) e 47% desaprovam (45%). A margem de erro é de 4 pontos para mais ou menos. Para os entrevistados com ensino médio completo, a desaprovação se manteve em 61%, enquanto a aprovação oscilou um ponto para cima: 37% (eram 36% em março). A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos. Já entre os entrevistados com ensino superior completo, 64% desaprovam o governo Lula (eram 65%) e 33%, aprovam (eram 34%). A margem de erro é de 5 pontos para mais ou menos.
Pela primeira vez, no terceiro governo Lula, os católicos mais desaprovam a gestão federal: 53% (eram 49% em março), enquanto 45% aprovam (eram 49%). Antes do empate técnico na pesquisa de março, Lula era mais aprovado do que desaprovado por esse segmento. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos. Entre os evangélicos, 66% desaprovam a gestão de Lula (eram 67% em março), contra 30% que aprovam o trabalho do presidente (eram 29%). A margem de erro é de 4 pontos para mais ou menos.