O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, interrompeu, com um pedido de vistas, a votação de recurso de Lula contra sua prisão, em julgamento virtual.
A decisão já estava encaminhada. Dos 11 ministros, sete já tinham votado contra o recurso e apenas um a favor, ou seja, nem que três restantes votassem favoravelmente ao recurso o resultado seria outro.
Mesmo assim, Lewandowski pediu mais tempo para analisar o caso. Com isso, o julgamento, que estava acontecendo virtualmente, será transferido para o plenário físico e terá seu placar zerado.
O recurso apresentado pela defesa de Lula admite a possibilidade de prisão em segunda instância, mas não sua obrigatoriedade. Os advogados não vêm na sentença que condenou Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro nenhuma justificativa para que o ex-presidente fosse preso.
Já tinham votado contrários ao recurso que tiraria Lula da cadeia os ministros Edson Fachin, relator do caso, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Gilmar Mendes. Somente se posicionou favoravelmente ao recurso o ministro Marco Aurélio Mello.
Lewandowski faz parte do trio da impunidade da Segunda Turma do STF, que, ao lado de Gilmar Mendes e Dias Toffoli já soltou vários implicados em corrupção. Toffoli, agora presidente do Supremo, vai desfalcar o trio. No lugar dele vai entrar agora na Segunda Turma a ex-presidente do STF, Cármen Lucia.
P. B.
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