Ela repudiou as agressões sofridas por jornalistas em ato contra a democracia ocorrido neste domingo (03), com a participação de Bolsonaro
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmem Lúcia lamentou a agressão sofrida por jornalistas neste domingo, durante manifestação em ato contra a democracia promovido por apoiadores de Jair Bolsonaro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Segundo a ministra, “quando se desrespeita um jornalista, se desrespeita a democracia”. “Toda vez que um jornalista é agredido, toda a cidadania é agredida”.
“As instituições precisam de uma imprensa livre, lamento a informação de ter havido agressão a jornalistas num dia tão significativo como hoje. É inaceitável, inexplicável que ainda tenhamos cidadãos que não entenderam que o papel do profissional da imprensa é o papel que garante a cada um de nós o poder de ser livre”, defendeu.
Ela disse isso ao abrir o painel “Pandemia e o papel da imprensa”, promovido pelo Instituto de Direito Público (IDP) neste domingo. Carmén Lúcia afirmou que a imprensa “cumpre papel para garantir o direito de cada um de nós” e classificou como inaceitável que, até hoje, jornalistas sejam agredidos no exercício da função.
Cármen Lúcia disse que a democracia é plural e barulhenta. “Ainda há aqueles que preferem a mordaça, mas isso não é da democracia. Não é calando aqueles que podem traduzir as ideias e informar-nos sobre aquilo que seja necessário para que se tenha afirmação cidadã democrática”, continuou.
O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, afirmou que “mais que nunca precisamos de jornalismo profissional de qualidade, com informações devidamente checadas, em busca da verdade possível, ainda que plural. Assim se combate o ódio, a mentira e a intolerância”.
Para o ministro Alexandre de Moraes, “as agressões contra jornalistas devem ser repudiadas pela covardia do ato e pelo ferimento à Democracia e ao Estado de Direito, não podendo ser toleradas pelas Instituições e pela Sociedade”.