Além de Denys Monastyrsky, estava no helicóptero toda a cúpula do Ministério do Interior
Toda a cúpula do Ministério do Interior da Ucrânia, incluindo o ministro Denys Monastyrsky, que chefiava grande parte Forças Armadas, morreu na manhã desta quarta-feira (18), ao lado da tripulação, em um acidente de helicóptero na cidade de Brovari, a 25 quilômetros do centro de Kiev.
Monastyrsky supervisionava a polícia do país, sua guarda nacional e unidades de patrulha de fronteira, incluindo dezenas de milhares de combatentes que lutaram na guerra, embora parte do comando direto tenha sido transferido para o Exército.
Oficialmente, as causas da queda da aeronave que mataram 14 pessoas – nove no voo e cinco em solo – ainda são desconhecidas, mas há depoimentos de moradores que a tragédia ocorreu pelo piloto não ter avistado um prédio residencial devido à forte neblina, vindo a realizar a manobra de emergência que provocou a colisão.
Outras fontes dizem que o helicóptero teria sido confundido com uma aeronave russa por artilheiros antiaéreos das Forças Armadas da Ucrânia. Outras, porém, admitem que teria sido uma espécie de limpeza de arquivo, diante de negócios ilícitos que o Ministério estaria fazendo com a venda de armas dos EUA-Otan para terceiros. Em Brovari concentram-se os quartéis-generais das unidades de sabotagem e reconhecimento.
Nomeado por Zenlensky, Monastyrsky era apontado como uma das peças mais importantes da guerra contra a Rússia. Além dele, morreram seu primeiro vice, Yevgeny Yenin; o secretário de Estado do Ministério, Yuriy Lubkovich; a vice-chefe do Serviço de Patrocínio do Ministério, Tatyana Shutyak; o chefe de Proteção do Departamento de Segurança Interna da Polícia Nacional, tenente-coronel Mykhailo Pavlushko e o inspetor chefe do Departamento de Segurança Interna da Polícia Nacional, Andrei Marinchenko.
Conforme o serviço de emergência, outras cinco pessoas foram atingidas pelos destroços da aeronave e perderam a vida no solo, entre elas uma criança que se encontrava numa creche. No total ficaram feridas 25 pessoas, 11 delas meninos e meninas.
Segundo o assessor presidencial ucraniano Kirilo Timoshenko, o helicóptero seguia para o front de guerra, enquanto o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, disse que voava para o local de um ataque com mísseis na cidade de Dnipro.
A agência de inteligência da Ucrânia abriu uma investigação para apurar as causas da queda e declarou que, por enquanto, considera as hipóteses de violação das regras de voo, mau funcionamento técnico do helicóptero e ações intencionais para destruir um veículo.