Mais da metade das indústrias estão com parcelas no crédito em atraso ou com dificuldades de pagamento, aponta pesquisa “Endividamento no Crédito Livre”
Mais da metade das empresas com créditos contratados estão com parcelas em atraso ou preveem dificuldades de pagamentos, segundo pesquisa “Endividamento no Crédito Livre” da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) , divulgada nesta quinta-feira (20).
De acordo com a Fiesp, a queda das vendas, a falta de reserva financeira e elevada taxa de juros estão na base das dificuldades das empresas e a situação tende a se agravar com a elevação da inadimplência nos próximos seis meses.
Além dos juros altos, as instituições financeiras impõem severas condições que dificultam não só o acesso ao crédito, mas a renegociação das dívidas.
“Quase 70% das indústrias não contrataram capital de giro. As altas taxas de juros, as dificuldades relacionadas à documentação e as exigências de garantias muito elevadas são apontados como fatores limitantes para a solicitação de crédito”, aponta a pesquisa que foi realizada com 339 indústrias de São Paulo, de diversos setores e portes, entre 24 de maio e 9 de junho de 2023.
A pesquisa detectou que “70% das empresas buscaram as instituições financeiras para renegociar as condições do empréstimo e, em 87,5% das vezes, a demanda era de aditamento, repactuação ou reorganização dos contratos.
Destas, metade não conseguiu efetivar a renegociação. Os motivos informados foram indisponibilidade de novos acordos para contratos em andamento, proposição de condições recentes superiores às contratadas, entre outros”.
Segundo o levantamento, 30,1% das indústrias contrataram capital de giro. No mesmo período no ano passado foram 45,1% do total.