O cardiologista Marcelo Queiroga não foi oficializado ainda como novo ministro da Saúde porque é réu por apropriação indébita cometida em um hospital que administrou.
Uma reportagem da revista Crusoé mostra que Queiroga e outros seis médicos que administravam o Hospital Prontocor, um pronto-socorro cardiológico de João Pessoa, foram denunciados por não recolherem as contribuições previdenciárias descontadas dos salários dos funcionários.
A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2006. O caso hoje tramita na 1ª Turma Criminal do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
Marcelo Queiroga foi indicado para Jair Bolsonaro para assumir o cargo de ministro da Saúde, o quarto desde o começo da pandemia, pelo senador Flávio Bolsonaro.
Fontes do governo, ouvidas pelo site Congresso Em Foco, também afirmaram que a nomeação oficial está sendo adiada porque Bolsonaro está pensando em como proteger Eduardo Pazuello mantendo seu foro privilegiado.
Atualmente, enquanto ministro, ele é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ter se omitido do combate à pandemia.
Em um dos casos graves de omissão, mais de 30 pessoas morreram asfixiadas em hospitais de Manaus por falta de oxigênio medicinal.
O Ministério da Saúde foi alertado antecipadamente que a capital do Amazonas sofreria um colapso de oxigênio, mas Eduardo Pazuello não agiu a tempo para solucionar o problema a tempo.
Sem o foro privilegiado, os inquéritos devem ir para a primeira instância, onde tramitarão mais rapidamente.