O assessor e motorista do senador Flávio Bolsonaro, na época em que o filho de Bolsonaro era deputado estadual no Rio de Janeiro, foi preso em Atibaia, interior de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (18).
Queiroz estava em um sítio do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wasseff, que havia declarado que não sabia aonde ele estava. Segundo um caseiro do sítio, Queiroz estava lá havia mais de um ano. Ele foi levado para unidade da Polícia Civil no Centro da capital paulista.
A prisão foi em decorrência de decisão da Justiça do Rio de Janeiro, na sequência da investigação do esquema de “rachadinha” na Alerj – Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Veja o momento da prisão:
Queiroz operava o esquema de lavagem de dinheiro montado dentro do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. Ele recebia parte dos salários de funcionários fantasmas em uma conta e os repassava para o caixa central do esquema.
O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeira) identificou uma movimentação de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz entre 2016 e 2017 e de R$ 7 milhões entre 2014 e 2017. Entre os esquemas de lavagem, o MP descobriu que Flávio Bolsonaro comprava e vendia imóveis com preços fictícios e usava sua loja de chocolates na Barra da Tijuca para branquear o dinheiro desviado da Alerj.
Fabrício Queiroz mantinha toda a sua família lotada no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e sua filha, Nathália Queiroz, no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro em Brasília.
Entre os funcionários fantasmas que recebiam o salário da Alerj sem trabalhar e repassavam uma parte para Queiroz estavam Daniele Nóbrega, mulher do miliciano foragido Adriano Nóbrega e Raimunda Veras Magalhães, mãe do criminoso.
Adriano é o chefe do Escritório do Crime, central de assassinatos de aluguel das milícias do Rio, envolvido na morte da vereadora Marielle Franco.