O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), vice-líder do PDT, ocupou a tribuna da Câmara, na quinta-feira (19), para protestar contra o que ele classificou de “senda privatista” do governo Bolsonaro e do governo do Rio Grande do Sul.
“Querem privatizar o Banco do Brasil, privatizar a Caixa Econômica Federal, a Petrobras, a Eletrobras, os Correios. Vão vender a mãe e entregar a velha. Não vai sobrar nada. Mas que absurdo!”, exclamou o parlamentar gaúcho.
“Houve um tempo em que os governantes estruturavam o país, estruturavam os Estados. Agora, temos governantes que só vendem a estrutura existente. Vieram para vender, para liquidar, para fazer leilão. Não é para isso que o governante é eleito. O governante não é dono do Estado, ele é inquilino do Palácio! Ele não pode vender o Palácio do qual ele é inquilino. Ele não é dono! Ele tem que perguntar ao povo”, cobrou Pompeo.
O deputado iniciou seu discurso condenando as privatizações do governo do Rio Grande do Sul. “Exatamente na Semana Farroupilha, quando lá no meu Estado, o Rio Grande do Sul, pretende-se privatizar tudo”.
“Há uma senda privatista. Já privatizaram, lá atrás, e venderam a Caixa Econômica Estadual, feita pelo Dr. Brizola, a Companhia Estadual de Energia Elétrica — CEEE, obra do governador Brizola, que agora querem terminar de privatizar, vendendo o resto que sobra, privatizaram a Companhia Riograndense de Telecomunicações — CRT, e, por último, querem vender o Banrisul, um banco rentável, lucrativo, em um dos poucos Estados da Federação que ainda tem o seu banco enxuto, um banco positivo, afirmativo”, assinalou.
“No meu Rio Grande, agora, querem tirar da Constituição a exigência de ouvir o povo num plebiscito, se quiserem vender o Banrisul. Eles querem vender a toque de caixa, de qualquer jeito. Depois que não tiverem mais o que vender, eu não sei o que eles vão vender!”, disse o deputado pedetista.