Reunido com representantes do setor de turismo, o ex-presidente disse que vai criar condições para que os brasileiros viagem mais e conheçam o Brasil
O ex-presidente Lula, líder nas pesquisas eleitorais, participou nesta terça-feira (20) de um encontro em São Paulo com representantes de entidades ligadas ao turismo. Na ocasião, Lula se comprometeu a criar condições para que o setor cresça e as pessoas possam voltar a viajar.
“Queremos fazer com que as pessoas voltem a viajar. As pessoas precisam conhecer esse país. Precisamos criar condições. O papel do Estado é o de abrir portas, facilitar e não criar problemas”, disse ele, destacando o papel importante do setor na geração de empregos. “Não é só a construção civil que cria empregos de forma rápida, o turismo também”, destacou.
O ex-presidente afirmou também que o mau humor, a fome, a pobreza, a violência e o desmatamento, que voltaram no país, não atraem turistas.
O representante das empresas aéreas Eduardo Sanovicz, foi um dos muitos empresários a darem depoimento em reconhecimento à importância do governo Lula para o desenvolvimento do setor e com demandas para uma nova gestão. Sanovicz disse que no período de seu governo, o número de passageiros no transporte aéreo passou de 30 milhões para 100 milhões ao ano. Uma das razões, disse, foi o aumento da capacidade de consumo das famílias.
Em resposta a Eduardo Sanovicz, que reclamou do impacto do querosene de aviação no preço das passagens, Lula se comprometeu a reduzir o preço do combustível. Segundo ele, outros componentes também devem atuar no fato de as tarifas hoje estarem tão altas.
“Não é só o preço do querosene, porque o preço do querosene é o mesmo no sábado, na segunda, na terça, na quarta. Eu quero dizer para vocês: se for o preço do querosene, a gente vai resolver para você nunca mais falar que é o preço do querosene. Deve ter outras coisas porque a passagem realmente é cara”, afirmou.
O ex-presidente destacou ainda que, além de dinheiro para comprar passagem, para fazer turismo é preciso que o povo tenha trabalho e salário e se comprometeu a fazer mais e melhor no próximo governo. A ideia, disse, é fazer em quatro anos o que não foi feito nos oito.
Lula recebeu documentos com propostas de diferentes segmentos do turismo. Antônio Setin, da Rede Accor, falou das consequências da pandemia para os hotéis, como perda de caixa. Ele pediu medidas para recomposição e também sugeriu outros potenciais de atração de turismo para os hotéis, como os cassinos.
Alexandre Sampaio, da Confederação Nacional do Comércio, defendeu criação de estímulo para incluir a classe trabalhadora no turismo. Segundo ele, é preciso ciar um turismo de massa que contemple a todos, do turismo de luxo ao de menor poder aquisitivo. Segundo ele o turismo tem missão de integrar e fazer o Brasil crescer.
O candidato ao Senado por São Paulo, o ex-governador Márcio França (PSB), lembrou que nos tempos do governo Lula, a imagem do Brasil no exterior era muito positiva, de um povo feliz. Segundo ele, a marca do turismo do país no exterior em que Brasil é grafado com z é um país zangado. “Quem vai visitar um país zangado, com pessoas com armas que atiram e que gritam? Ninguém quer visitar”, disse.
O ex-ministro Fernando Haddad também falou e lembrou das ações que fez para o setor, enquanto prefeito da maior cidade do país, e disse que, se ganhar o governo de São Paulo, estará à disposição para impulsionar do turismo. “Estamos muito atentos a questão de turismo no nosso governo, vetor de retorno rápido para a economia”, afirmou. O também ex-ministro da área, Walfrido dos Mares Guia falou da necessidade de inclusão pelo turismo e concordou com a necessidade de rever o preço do querosene de aviação.
Luiz Barreto, ex-ministro do Turismo no governo Lula, lembrou o legado dos governos petistas no setor. Uma grande tarefa, segundo ele, foi criar a Lei Geral do Turismo que, num novo governo, precisará ser atualizada, incorporando as mudanças tecnológicas. Ele destacou o papel de Lula na execução do Prodetur (Programa Nacional de Desenvolvimento e Estruturação do Turismo), assumindo contrapartidas dos estados para tirar do papel obras importantes para o setor.