Preço de passagens aéreas dispara
Dolarizado, o preço do querosene de aviação (QAV) acumula alta de 102,4% em 12 meses até junho de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), com base em dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Os números complementam as informações previamente divulgadas pela Abear no início deste mês, que mostravam que somente neste ano, de 1º de janeiro a 1º de junho, o preço do combustível dos aviões acumulava alta de 64,3%. A Abear afirma que o QAV corresponde a mais de um terço dos custos do setor aéreo.
No início de junho, a direção da Petrobrás, com o aval do governo, aumentou mais uma vez neste ano o preço do querosene de aviação (QAV), seguindo a política de atrelar os preços internos dos combustíveis ao dólar e ao barril de petróleo, chamada de PPI. O reajuste foi de 11,4% no preço do combustível, em relação a maio. Em abril, o governo já havia reajustado o combustível em 18,6%.
Em 2021, o país produziu 93% (ou 4,1 bilhões do consumo total de 4,4 bilhões de metros cúbicos) do QAV consumido e importou apenas 7%, conforme números da ANP.
Com custo do querosene nas alturas, os preços das passagens aéreas acumularam alta de 123,26% em 12 meses até junho, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 – prévia da inflação oficial, divulgado na última sexta-feira (24). No recorte mensal, o IBGE aponta que os bilhetes subiram 11,36% em junho, após o forte avanço registrado em maio (18,40%).
De acordo com os dados mais recentes disponíveis pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a tarifa aérea média real registra alta de 12,6%, na comparação com valor acumulado de janeiro a abril de 2022 (R$ 580,41) com a tarifa aérea média real do ano passado (R$ 515,22).