O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) denunciou através das redes sociais as calúnias que vem sofrendo oriundas da milícia bolsonarista.
“Há dias estou sendo atacado de forma covarde pela milícia virtual”, denunciou o senador pelo Twitter.
Os bolsonaristas agridem o senador pela internet insuflados por Luciano Hang, dono da Havan e seguidor de Bolsonaro. A Havan de Hang tem em suas lojas réplicas da estátua da Liberdade na frente delas.
A milícia tem jogado nas costas de Randolfe os resultados da Lei de Abuso de autoridade aprovada no Congresso Nacional.
Sendo o autor da proposta original, Randolfe afirma que “o projeto que apresentei nada tem a ver com o aprovado, que, inclusive, votei contra”.
O texto aprovado no Senado foi um substitutivo do ex-senador Roberto Requião (MDB-PR). Randolfe recomendou que Bolsonaro fizesse um veto geral.
Mesmo assim, a milícia bolsonarista publicou nas redes sociais notícias falsas que chegaram a ter dezenas de milhares de compartilhamentos.
Uma delas diz que uma pessoa que tiver sua casa invadida não poderá compartilhar as imagens do invasor registradas pela câmera de segurança e coloca a culpa em Randolfe.
“Seguimos acreditando no trabalho sério da imprensa brasileira para evitar que fake news como essa prosperem!”, declarou o senador.
A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, dissecou o esquema de produção e divulgação das notícias falsas.
De acordo com ela, Carlos e Eduardo Bolsonaro são “os cabeças, os mentores”.
“Escolhe-se um alvo. Combina-se um ataque e há inclusive um calendário de quem ataca e quando. E, quando esse alvo está escolhido, entram as pessoas e os robôs. Por isso que, em questão de minutos, a gente tem uma informação espalhada para o Brasil inteiro”, afirmou.
Além das notícias falsas, o grupo se organiza para produzir e divulgar memes com ofensas contra seus alvos.
Por sua atuação contra os desmandos do governo, Randolfe tem sido vítima constante dos ataques de Bolsonaro e dos bolsonaristas.
Ele cobra respostas de Bolsonaro sobre o esquema de seu filho e Fabrício Queiroz de desvios de dinheiro público quando Flávio Bolsonaro era deputado estadual no Rio. Queiroz operava o esquema arrecadando dinheiro de funcionários, a famosa “rachadinha”. Entre 2014 e 2017 Queiroz movimentou R$ 7 milhões na sua conta, sem ter renda para isso. E a ligação com as milícias no Rio de Janeiro.
O senador, líder da oposição, também tem criticado a extinção do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). Bolsonaro atacou o senador da Rede de forma afrontosa e desrespeitosa.
“O Dias Toffoli deu uma liminar contra o DPVAT, atendendo aquele senador fala fino… aquele senador que fala fino lá do Amapá, né, nhanhanhanhan (fez o som imitando o senador). O fala fino entrou contra o DPVAT, obviamente a liminar existe pra isso. E o Dias Toffoli deu a liminar”, disse Bolsonaro numa transmissão ao vivo na semana passada.
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