
No primeiro dia de competição, o Brasil dominou o pódio do skate street feminino nos Jogos Pan-Americanos de Santiago neste sábado (21). Rayssa Leal conquistou a medalha de ouro, e Pâmela Rosa levou a prata. O bronze ficou com a norte-americana Paige Heyn.
A final foi tranquila para as brasileiras. Ambas eram favoritas na briga com as rivais sul-americanas. A Fadinha conquistou nota de 236.98. Pâmela, medalha de prata, somou 211.34. A norte-americana teve nota de 176.35.
“Foi muito especial essa medalha. Mais uma vez representando muito bem o skate feminino e o Brasil. Tava a galera toda. Parecia que eu estava competindo no Brasil. Vai ficar na história, porque é o primeiro campeonato pan-americano de skate. Pra mim, é surreal. Consegui acertar minha manobra, então é só felicidade. Tô muito feliz. Tava dividindo o quarto com a Pam. A gente se aproximou bem mais. Tamo fazendo tudo junto. Menos no banheiro, né!? Mais um campeonato conseguindo dobradinha. Espero que continue assim. O Pan vai todo mundo da seleção brasileira, então é muito divertido”, disse Rayssa.
A final é dividida em duas etapas. Primeiro, todas as nove competidoras dão duas voltas no circuito utilizando todo o espaço possível. Rayssa e Pâmela foram as únicas a superar a casa dos 70 pontos e saíram na frente na disputa.
Depois, as atletas têm cinco chances para acertar uma manobra específica em um obstáculo específico. É nesse momento que as atletas mais arriscam em busca da melhor manobra para uma maior pontuação.
As brasileiras confirmaram o favoritismo e acertaram as melhores manobras. A briga pela medalha de bronze foi acirrada entre a norte-americana Paige Heyn e a colombiana Alexandra Bedoya. No fim do circuito, Heyn sobressaiu com notas melhores.
Modalidade estreante dos Jogos Pan-Americanos, o skate não dá vagas olímpicas no Chile, nem vale pontos para o ranking olímpico. As brasileiras estão bem no páreo para Paris. Rayssa Leal é a vice-líder do ranking olímpico, enquanto Pâmela é a sétima colocada. Gabi Mazetto, na 10ª posição, também está na zona de classificação.
“A gente prefere não pensar tanto em Paris agora, porque, querendo ou não, tá um pouquinho longe. Tem alguns campeonatos por vir. É sim um treinamento para as Olimpíadas”, disse Rayssa.