O Ministério das Relações Exteriores da Rússia expulsou 23 funcionários da embaixada inglesa, com sede em Moscou, após os declarar “personae non gratae”. Os funcionários ingleses têm até uma semana para sair do país, conforme afirmou comunicado da diplomacia publicado no sábado (17).
“23 funcionários da Embaixada do Reino Unido em Moscou foram declarados personae non gratae e serão expulsos em uma semana”, afirma o documento. Além da expulsão, o governo russo retirou o aval que permitia o funcionamento do Consulado Geral do Reino Unido em São Petersburgo, tendo em vista a disparidade de pessoal e estrutura entre os consulados dos dois países.
O comunicado também afirma que todos os procedimentos serão encaminhados em conformidade com o direito internacional. Sobre possíveis retaliações por parte do governo inglês, a chancelaria russa advertiu Londres e disse que responderá a qualquer hostilidade.
As medidas russas se deram três dias depois da expulsão de 23 dos seus diplomatas da Inglaterra, sob a acusação infundada e sem provas, feita no Parlamento pela premiê Theresa May, de que os funcionários russos eram na verdade “oficiais de inteligência não declarados”. Segundo a chanceler inglesa, o governo russo teve papel ativo no envenenamento do ex-espião Sergei Skripal, e de sua filha Yulia Skripal.
Moscou descartou qualquer relação com o atentado, acusação qualificada pelo chanceler, Sergei Lavrov, como “besteira”. Por sua vez, o presidente Putin declarou à BBC que “primeiro investiguem e depois conversaremos”.
Ainda sobre as investigações, a Rússia se dispôs a realizar um esforço conjunto com as autoridades da cidade inglesa de Salisbury, onde ocorreu o atentado, ao passo que deu início a um processo de investigações para apurar o crime contra a vida de Yulia, que permanece cidadã russa.