O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adílson Araújo, defendeu a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visa pôr fim à escala 6×1. Para Adilson, a proposta posiciona o Brasil na “vanguarda das discussões sobre a humanização dos ambientes de trabalho”.
O líder sindical aponta que as discussões acerca do fim da escala 6×1 aqueceram um debate histórico dos trabalhadores do Brasil, e do mundo, pela garantia de melhores condições de trabalho e pela redução de jornada sem redução salarial. “No Brasil, onde o tempo de trabalho em geral é longo e o salário muito curto, este anseio histórico da classe trabalhadora ganha corpo na luta pelo fim da extenuante jornada 6×1 e a redução do tempo de trabalho para 36 horas semanais, o que abre caminho à semana de 4 dias”, disse.
A medida, que nesta quarta-feira (13) alcançou o número de assinaturas para dar início a sua tramitação, ganhou força nas redes sociais, com apoio dos trabalhadores e de figuras públicas. “É uma luta estratégica para a nossa CTB contra a exploração e precarização do trabalho. […] Os efeitos de uma jornada menor não beneficiam apenas a classe trabalhadora, mas o conjunto da sociedade e da economia nacional. A contratação pelas empresas de mais trabalhadores e trabalhadoras para cobrir as horas reduzidas contribuirá para a diminuição do desemprego e, consequentemente, para a melhoria geral da economia nacional”, defendeu Adilson.
Para Adilson, “a redução da jornada eleva a qualidade de vida, reduz a incidência de doenças como o estresse e o burnout e gera bem-estar social”. Além disso, “no Brasil, a redução da jornada sem redução de salários e aumento das horas extras deve estimular a criação de até seis milhões de novos postos de trabalho”, conclui Adilson.