Os petroleiros das bases da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) rejeitaram na segunda-feira, 9, a proposta apresentada pela direção da Petrobrás que prevê a reposição da inflação com reajuste de 1,73% e aprovaram estado de greve.
De acordo com a FNP, a direção da Petrobrás, além de propor um reajuste de 1,73% para os petroleiros, quer cortar pela metade a remuneração de horas extras (que atualmente é um adicional de 100%), e propõem ainda 0% de reajuste para os Benefícios Educacionais, a redução da gratificação de férias, fim da Gratificação de Campo Terrestre, fim do Benefício Farmácia, entre outras reduções.
A entidade denuncia ainda que o RH, com a desculpa de reduzir custos, apresentou aos funcionários que atuam no regime administrativo optarem pela redução de cinco para quatro dias trabalhados por semana, com diminuição proporcional de salário. Para a FNP, a ação é mais uma das manobras da direção da empresa para “retirar direitos e enxugar a empresa para privatizá-la”.
Na última sexta-feira, 6, o Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) também deliberou pela realização de greves e paralisações a partir de 11 de novembro, contra a proposta apresentada. Segundo o coordenador da FUP, José Maria Rangel, “temos que continuar firmes na defesa da nossa pauta, reafirmando que com redução de direito não tem acordo. É fundamental que os trabalhadores participem massivamente das setoriais e dos seminários”, ressalta Rangel.