Privatizada em dezembro de 2022, a Refinaria da Amazônia (Ream) comercializa o botijão de gás de cozinha por um preço 72% mais caro do que o cobrado pela Petrobrás. Os dados são baseados em um levantamento de preços feito pelo Observatório Social do Petróleo (OSP).
Em valores correntes, a Ream comercializa o GLP (vasilhame de 13 kg do gás de cozinha) a R$ 54,41 – o mais caro de todo o país – enquanto nas refinarias da Petrobrás ele sai por R$ 31,66. Para chegar ao consumidor, ainda são adicionados os custos dos distribuidores, levando a média de preços a aproximadamente R$ 100.
Os preços praticados pela Refinaria do Amazonas são, inclusive, mais caros do que de outras privatizadas, que já comercializam o gás de cozinha a valores superior à estatal. De acordo com o OSP, o botijão na Ream, que abastece cerca de 24% do Norte do Brasil, é R$ 13,34 mais caro – ou 32,5%.
GASOLINA TAMBÉM É MAIS CARA NA REFINARIA PRIVATIZADA
Vendida ao grupo Atem por R$ 1,3 bilhão e transferida no dia 1 de dezembro de 2022 – no último suspiro do então governo de Jair Bolsonaro – a antiga Refinaria Isaac Sabbá (Reman), agora Refinaria do Amazonas (Ream), também comercializa a gasolina mais cara do país.
Dados de agosto mostram que Manaus registra preços no litro da gasolina que chegaram a R$ 6,59, enquanto o preço médio do combustível no país estava em R$ 5,52.