E o preço do diesel também. Foram mais 2% de aumento para a gasolina e 8,9% para o diesel. Na semana anterior, as altas foram de 9,7% e 11,3%, beneficiando fundo árabe, dono da Refinaria de Mataripe na Bahia
A refinaria de Mataripe na Bahia, antiga refinaria da Petrobrás privatizada no governo Bolsonaro, aumentou no último sábado (15) o preço da gasolina em 2% e do diesel S10, em 8,9%. Esse é o segundo aumento consecutivo que Mataripe realiza este mês. Em 8 de outubro, a gestora da refinaria Acelen, controlada pelo fundo árabe Mubadala, já havia elevado o preço da gasolina em 9,7% e em 11,3% do diesel S10.
O governo Bolsonaro privatizou a refinaria da Petrobrás Landulpho Alves (RLAM), renomeada de Mataripe, que é responsável por cerca de 14% da capacidade de refino do Brasil, com o argumento de que os preços dos combustíveis iriam ficar mais baixos para os consumidores do Nordeste, no entanto, o que se vê é o contrário, a refinaria privatizada tem praticado preços superiores de quando ela era controlada pela estatal.
A antiga RLAM atende principalmente os estados da Bahia e Sergipe, além de outros estados da região Norte e Nordeste. Com a privatização, o fundo árabe Mubadala não apenas ficou com o monopólio do refino, mas também a capacidade de regular os mercados regionais.
A gasolina do Estado da Bahia chegou a ser 15% mais cara que o preço médio nacional do produto apurado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). No diesel, o preço ficou 20% maior que a média do país.
“Temos mais uma demonstração incontestável do equívoco e da gravidade da política do governo Bolsonaro de privatização de refinarias da Petrobrás”, afirmou em nota o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, na ocasião em que a Acelen realizou este mês o primeiro aumento nos preços da gasolina e do diesel. “A mentira de que a venda de ativos da maior empresa do país aumentaria a competitividade e, consequentemente, levaria a reduções de preços de derivados, é, mais uma vez, denunciada pela realidade”, constatou Bacelar.
Além de tentar desmontar o parque nacional de refino, com a venda de refinarias, Bolsonaro não mexeu na política de preços da Petrobrás, mantendo os preços dolarizados e à mercê dos mercado internacional, favorecendo importadores e estrangeiros, em prejuízo do povo brasileiro, dono do petróleo.