Fundo Mubadala, dos Emirados Árabes, que comprou a RLAM, está aumentando a gasolina e o diesel mais do que a Petrobrás e não garante abastecimento. Atraso na produção está relacionado à compra de petróleo das Arábias
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes insistem em manter a política desastrosa de atrelar os preços dos combustíveis ao valor do dólar e do barril de petróleo nas bolsas internacionais. Com essa política, a explosão dos preços na bomba é inevitável, já que os dois [dólar e barril] não param de subir.
O resultado é que a gasolina aumentou 47,49% no ano passado, enquanto o óleo diesel teve o preço majorado em 49,81%. O gás de cozinha já está sendo vendido a R$ 140 em alguma regiões do Brasil.
Ao mesmo tempo, Bolsonaro radicaliza a sabotagem às refinarias brasileiras. Não há, por parte do governo nem um tostão de investimento no parque de refino nacional. Ao contrário, o governo está se desfazendo de suas refinarias.
O grupo árabe que comprou a refinaria da Bahia demonstrou não estar nem um pouco preocupado com os problemas nacionais. Resolveu cobrar mais caro, reduzir a produção e comprar o petróleo de suas próprias petroleiras.
O resultado é que o Brasil, que produzia internamente todos os combustíveis que o país necessitava, hoje importa cada vez mais. No ano passado o Brasil quase dobrou a importação de derivados de petróleo. Com Bolsonaro, passamos de US$ 7,3 bilhões em 2020 em compras externas de combustíveis para US$ 13,4 bilhões em 2021.
E o pior é que, além de aumentar a dependência do país à importação de derivados, a venda das refinarias está agravando também a alta de preços. O Fundo Mubadala, dos Emirados Árabes, que comprou a antiga Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em São Francisco do Conde (BA), subiu seus preços mais do que a Petrobrás desde que a estatal transferiu a administração da planta de produção de combustíveis a uma empresa do grupo, a Acelen, em 1º de dezembro do ano passado.
O preço da gasolina tipo A produzida na RLAM, hoje chamada de Refinaria Mataripe, subiu 7,40%. Neste mesmo período, a mesma gasolina vendida para as distribuidoras pela Petrobrás subiu 1,85%. Já o preço do diesel tipo S10, menos poluente, subiu 11,72% em postos de venda da Acelen em menos de dois meses. O diesel S500 aumentou 9,72%. Por sua vez, a Petrobrás reajustou os dois combustíveis em 7,93% e 8%, respectivamente, no mesmo período. Os dados foram obtidos por Vinicius Konchinski, em artigo para Brasil de Fato.
Na última vez em que reajustou os combustíveis vendidos para as distribuidoras, no dia 12 de janeiro, a Petrobrás informou que passaria a vender gasolina a R$ 3,24 por litro e diesel a R$ 3,61 por litro, na média. Já a Acelen, empresa que assumiu a RLAM, vende o litro de gasolina por R$ 3,42 e do diesel por R$ 3,62, na média.
O ex-consultor Legislativo do Senado, Paulo Cesar Lima, já havia alertado para as consequências da privatização das refinarias. “O Fundo Mubadala, por exemplo, quando compra a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), compra também o terminal Madre de Deus e os dutos, na verdade o Fundo Mubadala está comprando aqui o monopólio regional da Bahia e Sergipe e pode praticar o preço que quiser, ninguém vai entrar na Bahia porque tem o monopólio regional”, observou Paulo Cesar.
Deyvid Bacelar, diretor do Sindipetro Bahia, também segue na mesma direção. “São coisas que já tínhamos denunciado por conta da constituição desse monopólio regional privado. Por sinal, os preços praticados pela Acelen são maiores que os preços praticados pela Petrobrás, que já são altos segundo o preço de paridade de importação”, denunciou o sindicalista.
Além de aumentar mais os seus preços em relação aos preços da Petrobrás, a refinaria privatizada também decidiu reduzir a produção de derivados e provocou desabastecimento de navios locais que são dependentes do óleo combustível produzido pela refinaria. A Acelen, empresa do grupo Mubadala, que administra a refinaria privatizada, justificou a redução da produção alegando “problemas logísticos”.
O “problema logístico”, alegado pelo Fundo Mubadala, ocorre porque a empresa decidiu trazer petróleo do exterior em vez de comprar da Petrobrás. Segundo alega a empresa, os navios superpetroleiros que trazem a carga dos Emirados Árabes para o Brasil têm calado superior ao que o terminal na Baía de todos os Santos comporta. Por isso estaria havendo atrasos na produção.
Deyvid Bacelar, lotado na RLAM desde 2006, também denuncia as consequências da privatização para o fornecimento de derivados. “Já está havendo e haverá ainda maior impacto para os consumidores aqui do Nordeste. A refinaria se mantém em grande inconstância na sua operação por conta de os insumos terem dificuldade de chegar no terminal Madre de Deus”, afirma Bacelar.
Esta é a primeira vez que a RLAM, que é a primeira refinaria nacional, criada em 1950, antes mesmo da fundação da Petrobrás, em 1953, causa desabastecimento de óleo combustível no Nordeste. “Em quinze anos trabalhando nesta refinaria nunca vi uma unidade parar por falta de fornecimento de petróleo”, afirma uma fonte próxima à operação, que pediu para não ser identificada.
Precisamos sim preparar uma cerca Jurídica para evitarmos a fuga de Bolsonaro e Familia após a Eleição , sim mais precisamente no momento em que os Mapas Eleitorais decretarem sua derrota . A minha visão é que esse *rrombado Criminoso (comprovado agora pela Delegada da PF) com essa Negociação está preparando seu Exílio pós Derrota nas Eleições . É real , é factível sim pois ele terá que responder a muitos Processos e fugirá , fugirá como covarde !