O regime de Zelensky acaba de confiscar os bens do maior partido de oposição ucraniano, o Partido de Oposição –Pela Vida (OPPL), no ato de sua cassação. O partido já havia tido atividades suspensas desde o início da operação especial russa para desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia.
Assim, já são 10 os partidos cassados por Kiev, com o arremedo de democracia em vigor desde o golpe de Estado de 2014 cada vez mais evidenciando uma ditadura pró-Otan, russófoba e cheia de neonazis, a soldo de Washington e dos oligarcas ladrões ucranianos.
Outros partidos já haviam sido cassados antes, como o Partido Comunista ucraniano, em 2015, assim como outras legendas socialistas e de oposição.
O OPPL era a maior legenda de oposição da Ucrânia e o segundo maior partido do país. Em 2019, ganhou 13% dos votos em uma eleição parlamentar. Em 2021, pesquisas indicaram que sua popularidade era mais alta que o partido “Servo do Povo”, de Zelensky.
A cassação foi feita com uso de uma folha de parreira legal, uma ‘lei’ aprovada pelo parlamento entupido de neonazis e carimbada por um tribunal de Lviv. Pela ‘lei’, qualquer um que defender uma saída negociada para a crise ou não chamar de “terroristas” aos insurretos do Donbass, é banido como “amigo de russos”.
O líder do OPPL, o ex-deputado Viktor Medvedchuk, que era contra a anexação do país pela Otan e defendia os acordos de Minsk com o Donbass e melhores relações com a Rússia, estava sob prisão domiciliar desde maio de 2021 por “traição” e teve seu canal de tevê confiscado. No dia 12 de abril último, ele foi exibido pelo SBU (o serviço de segurança interna ucraniano) preso e algemado.
Na semana passada, já haviam sido cassados em julgamentos feitos a portas fechadas, sem presença de jornalistas ou representantes da sociedade, os partidos Oposição de Esquerda; Sharia; Socialista; “Nashi” [“Nosso”]; Bloco Vladimir Saldo; Partido do Estado; Justiça e Desenvolvimento; e Bloco de Oposição.
Seguem atuando sem restrições partidos neonazis como Svoboda, Setor Direita e Corpo Nacional, este, a parte “institucional” do Batalhão Azov. Além das tradicionais legendas de aluguel em posse dos bilionários que assaltaram o patrimônio público ucraniano após o fim da União Soviética.