O Instituto Datafolha divulgou, nesta quinta-feira (25), pesquisa eleitoral apontando uma redução de seis pontos percentuais na diferença entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro. Quando são computados apenas os votos válidos (sem nulos, brancos e indecisos), Bolsonaro caiu de 59% para 56% e Fernando Haddad subiu de 41% para 44%.
Em votos totais (quando são incluídos brancos, nulos e indecisos) Bolsonaro tem 48%, e Haddad chega a 38% das intenções de voto. Declararam-se indecisos 6% dos eleitores e 8% disseram que irão votar branco ou nulo. Este resultado confirma a tendência, já detectada pelo Ibope na capital de São Paulo, que mostrou, na quarta-feira, Fernando Haddad atingindo 51% dos eleitores e passando Bolsonaro, que ficou com 49% das intenções de voto.
A mudança, que reduziu a diferença entre Bolsonaro e Haddad de 18 pontos para 12 pontos, nos votos válidos, é um reflexo do maior conhecimento obtido pela população nos últimos dias, das posições retrógradas de Jair Bolsonaro – até pouco tempo um deputado desconhecido – a favor da tortura e sua defesa enfática do regime ditatorial, implantado no Brasil em 1964.
Pela pesquisa, Bolsonaro perdeu apoio em todas as regiões do país. No Nordeste, Haddad mantém a vantagem com 56% dos votos totais contra 30% de Bolsonaro. O capitão ainda mantém-se na frente no Sudeste, Centro-Oeste e Sul. A maior subida de Haddad ocorreu na região Norte, onde ganhou sete pontos, seguido da região Sul, onde ganhou quatro. Entre os jovens, de 16 a 24 anos, Fernando Haddad cresceu de 39% para 45% e empata tecnicamente com Bolsonaro, que caiu de 48% para 42%.
Haddad já liderava entre os eleitores que recebem até dois salários mínimos, com 47% das intenções de voto contra 37% de Bolsonaro. Agora Haddad cresceu também entre os que ganham mais de dez salários mínimos. Neste segmento o ex-ministro da Educação mantém-se em segundo lugar mas cresceu oito pontos percentuais nos últimos dias, chegando a 32%.