O relator do PL da Anistia (ou da “dosimetria”) no Senado Federal, Esperidião Amin (PP-SC), indicou que seu texto pode trazer de volta a discussão do perdão total para os criminosos condenados por tentativa de golpe.
A Câmara dos Deputados aprovou um texto com a redução de pena que beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está preso por ter liderado a intentona, podendo tirá-lo do regime fechado em dois anos.
Esperidião Amin falou que “politicamente” a anistia “pode ser votada”. “Eu tenho que confessar aqui que eu defendo a anistia”.
Questionado sobre um possível perdão total aos golpistas, Amin disse: “O que impede?”.
“Vou buscar o máximo possível de consenso. Vou ouvir cada senador, receber emendas e sugestões. Vou avaliar essa possibilidade [da anistia] até quarta-feira da próxima semana”, continuou.
O senador falou que a redução das penas dos golpistas pode ser uma “etapa” para o perdão desses criminosos. “Anistia vai acontecer, tem que acontecer, pode ser em etapas”, comentou.
Enquanto a condenação de Jair Bolsonaro se tornava mais próxima, seus aliados e familiares passaram a pedir anistia “ampla, geral e irrestrita”. O relator do texto na Câmara, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), propôs a redução de penas diante da dificuldade de conseguir votos para a anistia.
O Supremo Tribunal Federal (STF) também deu recados de que anistiar criminosos que atentaram contra a democracia seria um ato contrário à Constituição.











