“Relatório aprovado na Comissão é assalto aos mais pobres”, advertem líderes da oposição

Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Alessandro Molon (PSB-RJ), líderes da oposição (foto: Reprodução)

A Comissão Especial da Previdência na Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira (04) o texto-base do relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). Foram 36 votos a favor e 13 votos contra, sem nenhuma abstenção.  

Os partidos de oposição atuaram unidos durante toda a votação e recomendaram o voto contrário ao relatório. Eles denunciaram que a proposta significará que os trabalhadores brasileiros terão que trabalhar mais e receber menos. Para a bancada da oposição, apesar de alguns avanços, o relatório representa um assalto aos direitos e aos recursos do povo pobre deste país.    

A líder da Minoria (oposição), deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), destacou que cerca de 80% dos mais dos R$ 1 trilhão que o ministro Paulo Guedes pretende arrancar da Seguridade Social sairão dos mais pobres, daqueles que recebem até 2 salários mínimos. Ela lembrou que “Guedes representa o mercado financeiro e só defende os interesses dos bancos e rentistas”.

Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição, também criticou o relatório e declarou o voto contrário. Ele ressaltou que vários aspectos desumanos da proposta original do governo foram derrotados pela atuação firme da oposição e da mobilização popular. Molon lembrou o enterro da capitalização, que, se fosse implantada, significaria a destruição da Previdência pública, e a alteração das regras para o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

André Figueiredo, líder do PDT na Câmara, observou que os trabalhadores serão prejudicados com a proposta e que somente quem ganha são os banqueiros. Ele destacou que as viúvas, os idosos e aposentados do Regime Geral da Previdência serão os mais prejudicados com a reforma defendida pelo governo Bolsonaro.  Figueiredo denunciou que os bancos ficam com quase todos os recursos do país e “os investimentos caíram aos níveis do períodos da Segunda Guerra Mundial”.   

VEJA COMO VOTOU CADA DEPUTADO

A favor do desmonte da Previdência

Alex Manente (Cidadania-SP)

Alexandre Frota (PSL-SP)

Arthur O. Maia (DEM-BA)

Beto Pereira (PSDB-MS)

Bilac Pinto (DEM-MG)

Capitão Alberto Neto (PRB-AM)

Celso Maldaner (MDB-SC)

Daniel Freitas (PSL-SC)

Daniel Trzeciak (PSDB-RS)

Darci de Matos (PSD-SC)

Darcísio Perondi (MDB-RS)

Delegado Éder Mauro (PSD-PA)

Diego Garcia (Pode-PR)

Dr. Frederico (Patriota-MG)

Evair de Melo (PP-ES)

Fernando Rodolfo (PL-PE)

Filipe Barros (PSL-PR)

Flaviano Melo (MDB-AC)

Giovani Cherini (PL-RS)

Greyce Elias (Avante-MG)

Guilherme Mussi (PP-SP)

Heitor Freire (PSL-CE)

Joice Hasselmann (PSL-SP)

Lafayette Andrada (PRB-MG)

Lucas Vergilio (Solidariedade-GO)

Marcelo Moraes (PTB-RS)

Marcelo Ramos (PL-AM)

Paulo Ganime (Novo-RJ)

Paulo Martins (PSC-PR)

Pedro Paulo (DEM-RJ)

Ronaldo Carletto (PP-BA)

Samuel Moreira (PSDB-SP)

Silvio Costa Filho (PRB-PE)

Stephanes Junior (PSD-PR)

Toninho Wandscheer (Pros-PR)

Vinicius Poit (Novo-SP)

Votaram contra o desmonte da Previdência

Alice Portugal (PCdoB-BA)

Aliel Machado (PSB-PR)

André Figueiredo (PDT-CE)

Carlos Veras (PT-PE)

Gleisi Hoffmann (PT-PR)

Heitor Schuch (PSB-RS)

Henrique Fontana (PT-RS)

Israel Batista (PV-DF)

Joenia Wapichana (Rede-RR)

Jorge Solla (PT-BA)

Lídice da Mata (PSB-BA)

Paulo Ramos (PDT-RJ)

Sâmia Bomfim (Psol-SP)

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