
Após argumento do líder do PCdoB, líder do PL baixou o tom e se dispôs a dialogar. Foi marcada reunião para o dia 10
O líder do PCdoB, Renildo Calheiros, afirmou nesta quinta-feira (29), durante reunião de líderes de partidos na Câmara dos Deputados, que durante o governo Bolsonaro foram aprovadas medidas, como a “PEC Kamikaze” e a PEC dos Precatórios em 2021, que jogaram para a frente dívidas da União. Agora, a oposição também tem que colaborar nas soluções desses problemas, argumentou o deputado.
Renildo alertou que a oposição no Congresso Nacional não pode simplesmente defender derrubar o decreto do governo de elevação do IOF sem apontar alternativas para solucionar um problema que foi criado na administração passada.
A oposição havia começado a reunião intransigente. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), iniciou argumentando que o problema de arrecadação e de cumprimento do novo arcabouço fiscal é inteiramente de responsabilidade do governo Lula.
A oposição bolsonarista entrou na reunião defendendo derrubar completamente o decreto do IOF e deixar a Fazenda se virar para encontrar os R$ 20 bilhões necessários para fechar as contas públicas em 2025, alegando que eles não tinham responsabilidade pelo atual estado fiscal. Após a fala de Renildo, Sóstenes começou a cair na real.
Após a fala de Renildo, o bolsonarista admitiu que poderia dialogar com o governo para encontrar uma solução para a arrecadação, mas ainda seguiu insistindo que poderia agir para derrubar o decreto de aumento do IOF.
O resultado foi que, após a discussão, o presidente da Câmara, Hugo Motta, deu um prazo para que se busque uma solução. Foi marcada uma reunião para o dia 10 de junho onde serão discutidas alternativas ao aumento do IOF.